A autorização e a regulamentação do mototáxi poderia aumentar o número de acidentes e causar sobrecarga do Sistema Único da Saúde, de acordo com os vereadores de Curitiba. A Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal pediu informações à Prefeitura sobre os riscos do aumento da demanda aos hospitais públicos caso o transporte de passageiros em motocicletas de aluguel seja autorizado. O texto é do vereador Zezinho Sabará, do União Brasil.
O vereador Bruno Pessuti, do Podemos, alertou para questões de segurança no trânsito. No parecer, ele argumenta que a capital paranaense registrou mais de quatro mil acidentes envolvendo motociclistas em 2022, segundo dados do Ministério da Infraestrutura. Ele pediu à Prefeitura um relatório técnico de impacto financeiro ao sistema de saúde municipal em decorrência dos acidentes com motos no ano passado.
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A regulamentação do mototáxi em Curitiba depende da alteração de duas leis municipais em vigor. A primeira norma é que autoriza o serviço de táxi na cidade, que teria um artigo alterado para liberar o transporte remunerado de passageiros por meio de motocicletas licenciadas. A segunda é a lei que diz respeito ao motofrete, que teria um artigo revogado, que atualmente veda o transporte de pessoas.
A justificativa do autor da proposta é que, diante da crise financeira, a modalidade oferece uma nova fonte lícita de renda aos curitibanos, além de, segundo ele, resolver um problema de mobilidade urbana, com uma alternativa mais barata.
No Brasil, o Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo contam com o mototáxi.