O aterro sanitário da Caximba tem capacidade para continuar recebendo lixo até 31 de dezembro de 2010. A informação foi ratificada ontem pelo secretário municipal de Meio Ambiente de Curitiba, José Antônio Andreguetto, que esteve acompanhando uma visita de 21 vereadores ao aterro. Eles devem integrar a Comissão Especial da Caximba, que será implementada ainda este mês na Câmara Municipal.
“Estudos técnicos indicam que o aterro suporta continuar funcionando até o fim de 2010, mas nossa vontade é que as atividades no local sejam encerradas bem antes desse prazo. Estamos dependendo de decisões judiciais para implantar a nova planta de tratamento de resíduos da capital e Região Metropolitana”, disse o secretário.
Atualmente, oito empresas concorrem para ficar responsáveis pela implantação, cuja licitação foi aberta em dezembro de 2007. Desde essa data, segundo Andreguetto, já surgiram trinta liminares que interromperam o processo licitatório. Agora, existe apenas uma a ser superada. A mesma diz respeito à abertura dos envelopes de preços propostos pela empresas.
“Temos três locais onde a instalação da planta é possível: Curitiba (na própria região da Caximba), Fazenda Rio Grande e Mandirituba. Acreditamos que, por questões técnicas e de valor de área, a melhor opção seja Mandirituba. Porém, esse é o único local onde ainda não existe licença do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Esperamos que a nova planta não seja apenas uma solução para Curitiba e Região Metropolitana, mas também um exemplo para outras cidades do Brasil e de toda América do Sul”.
No projeto de implantação, a ideia é de que diversas tecnologias de aproveitamento de resíduos sejam utilizadas, como reciclagem, compostagem e transformação em energia.
Quanto ao aterro da Caximba, depois que ele parar de receber lixo ainda terá que passar por processo de monitoramento de chorume e emissão de gases por um tempo estimado de cerca de vinte anos. No local, também se tem a intenção de implementar um projeto de aproveitamento de biogás para obtenção de créditos de carbono.
O vereador Roberto Hinça (PDT), que irá integrar a Comissão Especial da Caximba, explicou os motivos da visita ao local. “Estamos muito preocupados com o destino do lixo de Curitiba caso os impasses que impedem a implantação da nova planta não se resolvam em um tempo hábil. Inicialmente, o aterro da Caximba foi projetado para funcionar quatorze anos. Esse tempo já foi prorrogado e, agora, a necessidade de desativação do lugar é imediata. A região sul da capital já deu sua contribuição e não aceita que sejam realizadas novas prorrogações”, afirmou.