O vereador Renato Freitas (PT) protocolou, na última quarta-feira (16), um pedido de afastamento dos trabalhos na Câmara por um período de cinco dias. Junto ao pedido, o vereador anexou um atestado médico assinado pela Dra. Luisa de Castro Ostoja Roguski, emitido no dia anterior. No último dia 5 o vereador liderou um protesto dentro da igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba.
O documento não traz mais detalhes sobre quais seriam os problemas de saúde pelos quais o vereador estaria passando. Em nota encaminhada à RPC, porém, a equipe do vereador alegou que Renato Freitas estaria sofrendo ameaças de morte.
+Assista! Vídeo mostra momento em que grupo liderado por Renato Freitas invade igreja de Curitiba
“O vereador tem sido alvo de ameaças constantes e cada vez mais violentas, como ameaças de morte e injúrias raciais. Por isso precisou de repouso para se recuperar de tamanha violência”, disse a nota.
No pedido protocolado junto à Câmara, Freitas pede que as faltas às sessões dos dias 15 e 16 sejam justificadas por conta do atestado médico. Ele deve seguir afastado das funções até a próxima semana. Por se tratar de um período menor do que 120 dias, o regimento interno da casa não prevê a convocação de suplente.
A reportagem segue tentando contato com o vereador, mas até o momento Freitas não respondeu aos pedidos de entrevista.
Relembre o caso Renato Freitas
O vereador Renato Freitas, do PT, liderou uma invasão da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba, no último dia 5 de fevereiro, minutos após o fim de uma missa. Dezenas de pessoas, com bandeiras do PT e do PCB, entraram no templo e começaram a gritar palavras como “racistas” e “fascistas”.
O caso repercutiu nacionalmente e quatro processos de cassação do mandato de Renato Freitas foram aceitos pela Câmara de Curitiba. A corregedoria da casa, por sina, alegou que Freitas quebrou decoro ao protestar dentro de uma igreja.
O vereados defendeu-se dizendo que o ato não tinha intenção de ofender nenhuma pessoa. “Algumas pessoas se sentiram profundamente ofendidas [pela manifestação contra o racismo ter adentrado à igreja] e a elas eu peço perdão, pois não foi, de fato, a intenção de magoar ou ofender o credo de ninguém, até porque eu mesmo sou cristão”, disse o vereador dias após o ocorrido.
*Com informações de Fábio Calsavara, da Gazeta do Povo.