Acusado de desviar R$ 23.940 mil dos cofres públicos de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o vereador Giovani José Marcon (PSC) foi condenado em primeira instância pelo crime de improbidade administrativa e deve ter os direitos políticos suspensos pelos próximos cinco anos. A decisão foi divulgada na última segunda-feira (2) pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Campo Largo, onde tramita uma ação movida há dois anos pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), na qual o atual vereador e o médico Marcelo Machado Langer são denunciados pelas práticas de desvio e apropriação de dinheiro público, respectivamente.
- Suplente de vereador de Campo Largo tem o diploma cassado
- Preso estagiário da Delegacia de Campo Largo que cobrava para liberar detentos ilegalmente
- Lei de Improbidade Administrativa não é inconstitucional
Tudo começou em 2016, quando Marcon era diretor do Centro Médico de Campo Largo e responsável pela supervisão do preenchimento das horas trabalhadas pelos funcionários da unidade, por meio do qual os pagamentos (com recursos provenientes do município) são realizados. Em janeiro daquele ano, o MP-PR constatou – por meio de visita ao local – que Langer, um dos médicos do centro hospitalar, realizava “plantões simultâneos”, batendo o ponto em dois locais de trabalho, no mesmo horário, e recebendo pelo exercício de duas jornadas.
À época, Langer foi afastado e Marcon, exonerado da diretoria do Centro Médico. Mesmo com ação civil pública movida contra ele pelo ato de improbidade administrativa, Giovani foi eleito vereador no mesmo ano.
A Tribuna do Paraná entrou em contato com o Fórum de Campo Largo, que, por meio da secretaria da 2ª Vara da Fazenda Pública, informou que mais detalhes do processo não podem ser repassados, apenas que ainda cabe recurso da decisão.
A reportagem também entrou em contato com Marcon. Por meio de nota encaminhada por Whatsapp, o vereador informou que o processo diz respeito à época em que trabalhava no Centro Médico, na qual, além de responsável por inúmeras pessoas, era vinculado e responsabilizado por atos de terceiros. Na nota, Marcon nega ter realizado os atos nos quais foi imputado em denúncia e que não compactua com qualquer ato ilegal. O texto termina com a seguinte frase: “por fim, esclareço estou inconformado e tomando as devidas providências para recorrer e reverter a situação. Assim, a justiça será feita”.
Sobre Marcelo Machado Langer, no próprio conteúdo do processo consta que o médico realizou acordo judicial, versando o mérito discutido na ação somente sobre os atos praticados por Marcon.
continua após a publicidadeMulher morre em acidente gravíssimo na Rodovia do Xisto. Trecho foi bloqueado!