A direção da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) anunciou nesta quinta-feira (09) uma decisão bastante significativa. A partir de 2022 os vereadores não terão mais direito à cota de serviços postais, um benefício que dispendia anualmente até R$ 1.169.750,00 aos cofres da Casa. Apesar do serviço ser pago somente por demanda, a Câmara divulgou que entre janeiro e novembro deste ano, o custo total de R$ 36.577,72.

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Para o vereador Marcelo Fachinello (PSC), que dispensou o benefício desde o início do seu mandato, essa foi uma decisão correta. “A Câmara tomou a atitude que deveria ser tomada. Desde o primeiro dia do meu mandato abri mão desde benefício, assim como de outros, como o carro e a cota de combustível. Nos tempos que vivemos hoje, existem diversas formas e meios de se comunicar e prestar contas ao eleitor que não seja através de carta, ainda mais sendo paga com o dinheiro público”, avalia Fachinello.

Desde que assumiu como vereador, em janeiro de 2021, Marcelo já economizou mais de R$ 150 mil do dinheiro público abrindo mão da cota de selos, carro oficial, auxílio combustível e tendo cargos reduzidos.

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Aqs medidas vinham sendo discutidas desde o início da gestão, em janeiro deste ano, e a decisão foi tomada pela Mesa Diretora na última terça-feira (7), com a participação da primeira-secretária, Flavia Francischini (PSL); da segunda-secretária, Professora Josete (PT); e do vice-presidente, Alexandre Leprevost (Solidariedade).

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“Essa decisão foi motivada pelos seguintes aspectos: a busca pela inovação no serviço público, que é um dos valores de nosso Planejamento Estratégico; a preservação do meio ambiente, pois a utilização de selos implica em mais uso de papel e impressões; a redução de gastos e uso de outras ferramentas mais modernas de comunicação; o pouco uso deste recurso por parte dos vereadores e vereadoras; e maior sintonia com a sociedade curitibana”, apontou Tico Kuzma, presidente da Câmara.

“Neste mês, a Câmara devolveu ao município R$20 milhões, isso demostra o nosso compromisso com a economia. Com relação aos selos, é mais um passo para algo que pode ser substituído por formas mais sustentáveis de comunicação com a população. E a identificação dos veículos oficiais reforça a transparência dos nossos trabalhos e a maneira como prestamos contas dos nossos serviços”, assinalou Leprevost.