O período de verão, que coincide com as férias escolares, leva muitas famílias para o Litoral e para locais em que é possível se refrescar em águas de rios e cachoeiras, como as prainhas no interior do Paraná. Para que a diversão e o lazer sejam curtidos com segurança, é importante tomar uma série de pequenos cuidados.
Nesta temporada de verão, que começou em 16 de dezembro, já ocorreram cinco mortes por afogamento. Somente no último fim de semana foram 197 salvamentos nas praias. O alto número de ocorrências acende um alerta e, por isso, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) separou sete dicas para quem quer aproveitar o verão com segurança e sem sustos. Confira:
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Atenção para as bandeiras
A principal dica para quem vai para o litoral do Paraná é escolher bem o local de banho e seguir as sinalizações. “Se for entrar no mar, nade sempre entre as bandeiras de cor vermelho sobre amarelo [bandeira bicolor]. Elas indicam a presença de guarda-vidas naquela área. E fique atento à bandeira de condições do mar presente na frente do posto de guarda-vidas, podendo ser verde, amarela ou vermelha, conforme o risco daquele local”, explica a capitã Débora Kolossoskei, responsável pela Comunicação do Corpo de Bombeiros no Litoral no Verão Maior Paraná.
Os trechos com postos de guarda-vidas permanentes ficam em um espaço de cerca de 250 metros, entre duas bandeiras bicolores (vermelhas e amarelas). Dentro dessa área são colocadas bandeiras que indicam como está a situação do mar naquele momento: verde, para baixo risco de afogamento; amarela, com médio risco, exigindo mais cuidado do banhista; e vermelha, com alto risco de afogamento. É fundamental estar de olho nessas indicações.
Atenção: se visualizar uma bandeira preta, não entre no mar. Elas significam que não há guarda-vidas fixo por ali – em consequência, o atendimento em caso de incidentes na água pode demorar mais para chegar, colocando a vida do veranista em risco. Já um mastro com duas bandeiras vermelhas indica que a praia está interditada, não devendo ninguém permanecer ali, inclusive os guarda-vidas.
Evite ingerir bebidas alcoólicas antes de ir para a água
Para muita gente, as férias combinam com cervejinha, caipirinha ou alguma outra bebida alcoólica para relaxar. Mas é preciso ter cuidado. Ambientes aquáticos e álcool são sempre uma mistura perigosa. “Se for entrar na água, seja no mar, piscina ou rio, não consuma bebida alcoólica. O álcool pode prejudicar a sua coordenação motora no caso de necessidade de autossalvamento ou de socorro de outra pessoa”, orienta a capitã Kolossoskei.
Água só até o umbigo
O mar pode ser um local muito agradável. No entanto, é preciso sempre ter em mente que há muitos fatores que podem colocar as pessoas em dificuldades, como alteração do terreno, com abertura de buracos; a presença de correntes marítimas que podem puxar o indivíduo, impedindo que este retorne para o raso; ocorrência de redemoinhos, que também puxam os veranistas para o fundo, entre outras situações.
Por isso, o recado é não exagerar na empolgação e na autoconfiança e saber até qual profundidade entrar no mar. “Respeite as condições do mar e as suas limitações. Lembre sempre daquela máxima: água no umbigo, sinal de perigo”, resume a capitã.
Beba muita água
O sol faz a alegria dos banhistas, mas também exige cuidados especiais. Com temperaturas elevadas e dias muito agitados, dentro e fora da água, um erro comum é esquecer de beber água. Nesse cenário de calor intenso, o corpo precisa de muita hidratação. Caso contrário, é possível encarar sintomas como fraqueza, sonolência, mal-estar, dor de cabeça e até desmaios.
“As ondas de calor têm sido muito fortes e trazido altas temperaturas no Paraná. Então, não esqueça de se hidratar, passar protetor solar e calçar chinelos quando for visitar a praia para evitar queimaduras na sola dos pés”, lembra a capitã do Corpo de Bombeiros.
Muita atenção com as crianças
Uma questão muito importante para as famílias com crianças é ficar sempre atento à localização da garotada. Como os pequenos não têm noção espacial do ambiente, eles se perdem com facilidade. Não é incomum, ao se afastarem dos familiares, caminharem longas distâncias em busca dos pais.
“As crianças devem estar a no máximo um braço de distância de seus responsáveis, seja na água ou na areia, para evitar que se afoguem ou que se percam de seus pais. É importante colocar a pulseirinha de identificação, que estão disponíveis nos postos de guarda-vidas”, reforça a capitã.
Nada de saltar de pedras ou mergulhar de cabeça
Seja no litoral, em rios ou em cachoeiras, muita gente gosta de pular de cima de pedras ou de qualquer outro espaço mais alto em direção à água. Essa prática é desaconselhável, especialmente se não for um profundo conhecedor da área. Além da questão da profundidade da área de mergulho, que pode ser menor do que a imaginada, há muitos perigos escondidos na água e que não são visíveis da superfície, como pedras, entulhos, bancos de areia, galhos de árvores, entre outras armadilhas. Mergulhar de cabeça também deve ser evitado.
“Ao visitar rios com pedras, cachoeiras, piscinas, ou praias onde há um desnível da areia para a água, evite realizar saltos ou saltar de ponta, de forma que possa ocasionar um trauma na cabeça ou na coluna. Esses traumas podem causar um afogamento secundário e estragar o seu passeio”, diz.
Colete salva-vidas
Onde tem ambiente aquático tem sempre alguma embarcação – barco, bote, caiaque, moto aquática, entre outros. Quem vai entrar no mar dentro de algum veículo precisa estar com colete salva-vidas. Não se arrisque.