De olho nos negócios

Vendedores aproveitam dia de eleição para faturar ‘um extra’

Foto: Gerson Klaina.

Este domingo (2) não foi só de votação. Em meio aos milhares de eleitores que passaram pelo Colégio Estadual Senhorinha de Moraes Sarmento, no bairro Cajuru, algumas pessoas aproveitaram para fazer o dia valer a pena financeiramente.

Foto: Gerson Klaina.
Josenaldo Silvestre, 40 anos, oferecia cebola, alho e, em uma lona ao lado, bijuterias. Foto: Gerson Klaina.

Com um pano improvisando o que seria um balcão, o desempregado Josenaldo Silvestre, 40 anos, oferecia cebola, alho e, em uma lona ao lado, bijuterias.

“É o jeito que a gente encontra pra tirar o sustento. Estou sem emprego há algum tempo e sem dinheiro não dá para ficar”, explica.

Mesmo enfrentando de um frio de 13°C, o vendedor não se deixava abalar. Com um sorriso no rosto, oferecia os produtos em preços “mais baratos do que no mercado” para qualquer pessoa que demonstrava interesse. As bijuterias saíam a R$ 2 – qualquer peça. Mesmo quem acaba olhava e desistindo de gastar com algum brinco ou pulseira, fazia questão de saber o preço da cebola ou do alho.

“Vai chegando a hora do almoço e o pessoal faz questão de garantir o tempero. Quem já está com almoço pronto, compra para a janta ou para guardar mesmo. É de qualidade e o valor tá baixo”.

O movimento alto é explicado pelo local escolhido. É o maior ponto de votação de Curitiba, onde estão cadastrados 8.873 eleitores.

Perto de Josenaldo, o pedreiro Edilson Guadar, 48 anos, também aproveitava para fazer um ‘bico’.

Vendendo algodão-doce, considerou boa a recepção da clientela. “Quem passa com criança acaba comprando e, além disso, tem adulto que gosta também. O preço é R$ 5 mas, se chorar, sai por R$ 4”, brinca.

Edilson Guadar, 48 anos, também aproveitava para fazer um 'bico'. Foto: Gerson Klaina.
Edilson Guadar, 48 anos, também aproveitava para fazer um ‘bico’. Foto: Gerson Klaina.

 

Movimento 70% maior

CocadaEm frente ao Colégio Bagozzi, no Portão, Juliano Junior Ribeiro, de 25 anos, comemorava as ótimas vendas realizadas ontem. “O movimento foi 70% maior do que nos dias normais”, comemorou.

Ribeiro comercializou doces como quebra-queixo, cocadas, coquinho e maçã do amor. No meio da tarde seu estoque já estava quase todo vendido. Com 10 anos de trabalho em família em quatro pontos comerciais da cidade, o ambulante vende os produtos a R$ 5 a unidade. “Hoje (ontem) saímos de nossos pontos fixos em função das eleições. Foi um ótimo negócio”, comemorou.

Pipoca

Quem também se beneficiou do movimento das eleições foi o pipoqueiro Valnir Lewis, o “Pipo”. Com ponto fixo no Bagozzi há 33 anos, Pipo comercializa pipocas doce e salgada e churros, também a R$ 5 a unidade. Ele não soube especificar a quantidade que vendeu. “Foi muita gente, não deu tempo de contar”, justificou.

Pipoca

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