A prefeitura de Curitiba recolhe todo mês cerca de 1,6 mil toneladas de lixo e entulhos depositados de forma irregular. O serviço custa R$ 187 mil ao mês, ou R$ 2,2 milhões por ano. A administração cita que este montante poderia ser usado para construir um Centro Municipal de Educação Infantil, por exemplo, se houvesse maior consciência da população sobre o depósito do lixo nos locais corretos de coleta.
As operações de limpeza são realizadas com frequência, principalmente no Tatuquara, Campo de Santana, Ganchinho, Sítio Cercado, CIC, Cajuru, Boa Vista, Atuba e Cachoeira. O problema principal é a reincidência. “Há terrenos em que fazemos a limpeza e dois dias depois já precisam de nova operação”, diz o administrador regional do Pinheirinho, Edgar Otto Hauber Júnior. Ele lembra que o lixo acumulado também é um problema de saúde, pois colabora para proliferação de ratos e do mosquito da dengue.
“É um problema crônico que combatemos todos os dias. Para os casos de muito lixo e entulho, pedimos que a população contrate sempre caçambas autorizadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que vão levar o material para locais apropriados. Temos muitos casos em que o cidadão contrata serviços mais baratos, de carroceiros, que acabam despejando o material em locais indevidos, como calçadas, terrenos ou mesmo em áreas de preservação ambiental”, observa o administrador regional do Bairro Novo, Pedro Clailton Pelanda.
Denúncias de descarga de entulhos em terrenos devem ser feitas à Guarda Municipal pelo 153. A prefeitura pode notificar e multar os responsáveis. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente faz recolhimento gratuito de até cinco carrinhos de mão de resíduos da construção civil e dez carrinhos de mão para resíduos vegetais, mediante solicitação via 156. Para quantidades maiores, é preciso contratar empresa especializada.