Transporte coletivo

Valor da passagem de ônibus diminui, mas novidade causa confusão em Araucária

Dependendo da forma de pagamento escolhida, valor da passagem pode ser mais barato. Foto: Gerson Klaina

A redução no valor da passagem do transporte público em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que começou a valer desde o primeiro dia de janeiro, está praticamente “dando um nó” na cabeça dos usuários do transporte coletivo no município.

A partir de agora, além dos cartões da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e o Metrocard, que cobram o valor antigo de R$ 4,25, os passageiros também podem usar o cartão da Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC), no qual o valor da passage, fica em R$ 2,90. “Ficou confuso, mas é um alívio no bolso”, comentou a estudante Aline Sapula.

Segundo a jovem, que estuda publicidade e mora no bairro Califórnia, apesar de bem noticiado, as pessoas ainda não entenderam ao certo a divisão dos valores. “Isso porque são três cartões operando no mesmo terminal. Isso acaba confundindo. No fim das contas, é simples entender, mas como é novidade, as pessoas ainda estão pegando o ritmo”.

Confusão no povo

Basicamente, quem usa o transporte público partindo de um dos dois terminais da cidade, o Central e o da Vila Angélica, pode pagar mais barato. Em ambos os lugares existem duas opções de bilheteria para as passagens: a da empresa Triar, a qual o preço é mais barato, e a da Comec, na qual paga-se R$ 4,25.

Quem pega os ônibus na rua, precisa ficar atento: somente os coletivos da empresa Triar atuam com o valor mais baixo. Os outros, que fazem parte da Comec, continuam com o valor mais alto. “Ou seja, se você acessar pelo terminal, pode pagar mais barato, pelo o ônibus que na rua é mais caro”, explicou a estudante de publicidade.

“Chega a ser ridículo dois preços no mesmo terminal. Mas aí, né, paga mais caro quem quer. No meu caso, bem capaz que eu vou deixar de economizar”, disse a aposentada Ana Kurzawa. Para a mulher, “as pessoas precisam se conscientizar que é uma economia boa no fim do mês”.

As duas bilheterias têm confundido ainda mais os usuários do transporte público. Isso porque, geralmente, quem está acostumado a pagar R$ 4,25 nem percebe que, ao lado, tem a opção de pegar o ônibus por um valor menor. “Eu mesmo, não sabia. Não sou acostumada a pegar ônibus e fui direto na bilheteria do valor mais alto. Se tivesse visto, tinha pagado mais barato, claro”, disse a jovem Daiane Rodrigues, depois de pagar pelos R$ 4,25.

Explicando

A orientação que os funcionários têm dado aos passageiros vale tanto para quem usa o cartão transporte como para quem paga em dinheiro. Quem usa o cartão tradicional, aquele da Comec ou da Metrocard, tem que pagar mais caro. Mas, se for pagar em dinheiro, dá para ter o mesmo acesso por R$ 2,90. Além disso, os moradores também podem fazer o cartão da CMTC para poder economizar.

Segundo o prefeito da cidade, Hissam Hussein Dehaini, o corte no valor da passagem é reflexo direto do fechamento da CMTC. A redução vale inclusive para as linhas que fazem integração com outras cidades da RMC.

Para ir até Curitiba, quem sai do terminal Central, por exemplo, precisa pegar dois ônibus. Já quem vai para a RMC, como por exemplo Pinhais, acaba usando quatro coletivos. Já para voltar a Araucária, o valor é o mesmo cobrado em Curitiba: R$4,25. “Pelo menos economiza na ida. Pra quem vai sempre, é uma conta boa depois”, explicou a estudante Aline Sapula.

Melhor ainda

Além do valor mais barato, quem usa o transporte público em Araucária ainda tem aproveitado outro benefício aos finais de semana: aos domingos os ônibus circulam de graça pela cidade. A ideia da prefeitura é fazer com que o comércio fique mais forte em Araucária. Segundo o prefeito, não vai ter corte nas linhas dos ônibus que circulam pela cidade.

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