A vacinação contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil, começa nesta segunda-feira (27), em Curitiba. As 106 unidades de saúde da capital paranaense participam do movimento nacional do Ministério da Saúde com a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite.
Até o dia 14 de junho todas as crianças de 1 a 4 anos – mesmo as que estão com a carteira de vacinação em dia – devem ser levadas às unidades de saúde para receber a dose extra da vacina. Em Curitiba, a expectativa da prefeitura é imunizar 90.012 crianças de 1 ano a menores de 5 anos.
No dia 8 de junho, um sábado, está programado para acontecer o dia D da vacinação desta campanha. Os horários de funcionamento e endereços das Unidades de Saúde podem ser conferidas no site Imuniza Já Curitiba.
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“Poliomielite não tem cura e não podemos correr o risco de essa doença voltar a circular entre nós. Isso só será possível com o aumento da cobertura. A vacina é um ato de amor e de proteção, evita o risco de as nossas crianças sofrerem as sequelas graves que essa doença pode causar”, afirma a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
Como funciona a vacinação contra a paralisia infantil
As crianças menores de 1 ano de idade devem ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para o esquema vacinal primário, que prevê três doses da vacina inativada da poliomielite (VIP).
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Já os pequenos de 1 a 4 anos, que que já receberam as três doses da VIP, vão receber uma dose extra da Vacina Oral Poliomielite (VOP), a famosa “gotinha”, independentemente de já terem recebido reforços dessa vacina ou de terem participado de campanhas anteriores. Caso seja verificada a falta de alguma dose do esquema básico, as equipes de saúde vão fazer a atualização da carteira vacinal das crianças.
Poliomielite pode causar paralisia dos membros
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus. A doença não tem tratamento específico e pode causar sequelas graves, como paralisia dos membros (em geral, das pernas), insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. As sequelas estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro e não têm cura. A principal ferramenta para evitar a doença é a vacinação.
Cobertura vacinal em Curitiba
Em Curitiba, a cobertura da VIP (para menores de 1 ano) atualmente está em 88,2% e a cobertura da VOP está em 86,5% para primeiro reforço e em 79,7% para segundo reforço. “Precisamos aumentar a cobertura vacinal da poliomielite para fazer um ‘cordão sanitário’ que evite a circulação desses vírus no país”, diz o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides de Oliveira. A meta de cobertura indicada pelo Ministério da Saúde, tanto para a rotina, como para a campanha, é de 95%.
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Baixa vacinação no Brasil coloca país na mira da doença
O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989. Em 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. Em 2023, no entanto, o Brasil foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas. Para essa classificação foram considerados o desempenho das coberturas vacinais do país, entre outros aspectos.