Quatro hospitais de Curitiba que estavam com as Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) lotadas no começo da semana, agora estão com vagas para novos pacientes adultos com o novo coronavírus. No entanto, o momento não é de relaxamento, pois em 85% dos casos, as pessoas que estão em leitos de emergência precisam utilizar respiradores para viver.

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A informação do número elevado de pacientes que estão utilizando respiradores foi repassada pela secretária municipal de saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, no boletim epidemiológico de quarta-feira (1º), em uma live.“Hoje temos 78% de ocupação dos leitos de UTI de covid-19. Mas alertamos para a gravidade dos quadros. Dos pacientes que estão na UTI, quase 85% estão no respirador. São casos gravíssimos. Por isso precisamos da colaboração de todos nesse momento da pandemia na nossa cidade”, disse Márcia Huçulak.

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Cruz Vermelha, Erasto Gaertner, Santa Casa e Evangélico Mackenzie tiveram uma redução no quadro de atendimento de emergência. Em contrapartida, o Hospital do Trabalhador (HT) está atendendo com 95% de ocupação, um aumento de 4% em relação aos últimos dias (veja lista abaixo). Os dados foram divulgados na quarta-feira (1º) pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa). No total, Curitiba está com 78% das UTIs ocupadas utilizando 302 leitos.   

No HT, o local abriga 36 vagas no total entre UTIs e enfermaria. No caso das unidades intensivas, são 22 leitos e somente uma está desocupada. Já na enfermaria, o espaço pode atender mais 12 pacientes. Na segunda posição em ocupação está a Santa Casa com 93% na UTI. Na sequência aparecem o hospital Evangélico Mackenzie com 91%, Erasto Gaertner e Hospital de Reabilitação com 90%.

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Destes números, o que impressiona é o Cruz Vermelha. Na segunda-feira (29), todos os leitos estavam com pacientes e nesta quinta-feira (2), a ocupação caiu para 43%. Vinícius Filipak, diretor de Gestão em Saúde da Sesa, ressalta que esta alteração nos atendimentos é normal em hospitais.

“Todo internamento hospitalar pode evoluir para uma alta ou infelizmente, a pessoa pode ir a óbito. Não existe de fato uma padronização, pois cada paciente tem seu tempo de recuperação. Não depende da gestão do hospital e sim dessa variação no quadro clínico da pessoa. Vale ressaltar que isto não ocorre somente agora com o novo coronavírus. Se acontecer um grave acidente na cidade, os leitos de UTIs podem ser requisitados e aí aumentar a ocupação nos hospitais”, disse Vinícius Filipak.

Já as novas medidas adotadas pela capital reduz o funcionamento de serviços teve um pequeno ajuste, ainda não entraram nestes dados. O governo estadual espera que o resultado venha a ser sentido pelas autoridades e população somente daqui dez dias.  

Ocupação Hospitais em Curitiba, litoral e região metropolitana

Hospital do Trabalhador: 22 leitos de UTI com 21 ocupados (95%). Enfermaria com 34 leitos e 22 ocupados.

Hospital do Idoso: 30 leitos de UTI com 22 ocupados (73%). Enfermaria disponível com 6 vagas.

Hospital de Reabilitação, anexo ao Trabalhador: 52 leitos de UTI com 47 ocupados (90%). Enfermaria com 32 leitos e 21 ocupados.

Hospital Municipal de São José dos Pinhais: dez leitos de UTI com nove ocupados (90%).

Hospital de Clínicas: 61 leitos de UTI com 48 ocupados (79%). Enfermaria com 83 leitos e 63 ocupados.

Hospital Regional do Litoral: 10 leitos de UTI com nove ocupados (90%). Enfermaria com 10 leitos e dois ocupados.

Hospital do Rocio em Campo Largo: 103 leitos de UTI com 94 ocupados (91%). Enfermaria com 212 leitos com 93 ocupados.

Hospital São Lucas Parolin em Campo Largo: oito leitos de UTI com um ocupado (13%). Enfermaria com 10 leitos e três ocupados.


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