Saúde Pública

Unidades de Saúde do CIC reduzem taxa de mortalidade infantil

A intensificação no monitoramento do período pré-natal e no primeiro ano de vida das crianças atendidas pelas 15 unidades de saúde da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) gerou bons resultados na diminuição da mortalidade infantil. No primeiro semestre de 2013, foram registrados 15 óbitos de crianças menores de um ano. Já em 2014, neste mesmo período, foram cinco mortes.

A dona de casa Alesandra Castro contou com foi o monitoramento da equipe da unidade de saúde Vila Verde, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), durante o pré-natal e após o nascimento da sua primeira filha, Allanys Helloá, que completou quatro meses nesta semana. Como durante o pré-natal, Alesandra mudou algumas vezes de endereço, a equipe da unidade fazia busca ativa e ressaltava a importância de atualizar o cadastro na unidade e manter o pré-natal em dia.

“Tive um problema de saúde durante a gravidez e o pessoal da unidade mostrou que estava realmente preocupado com a minha situação. Ligavam para mim e meus familiares, me deram todo suporte para que a Allanys nascesse saudável”, conta a dona de casa.

O parto foi realizado no Hospital do Trabalhador, uma das maternidades referências para atendimento obstétrico. Agora, o acompanhamento da saúde da mãe e da filha é feito pela equipe da unidade Vila Verde e será continuo até Allanys completar 2 anos.

“O monitoramento tem como objetivo fazer a vigilância da saúde da criança, sua classificação de risco e o direcionamento do setor do serviço que irá acompanhá-la”, explica Cynthia Calixto Fraiz, diretora do Distrito Sanitário do CIC. Esse monitoramento pode ser feito pelo Núcleo de Apoio de Saúde da Família (NASF), com apoio da pediatria ou da Rede de Proteção, quando a criança corre algum risco social. Quando necessário, mãe e criança são acompanhadas pelas equipes.

Tacyane Almeida também está sendo acompanhada pela equipe da Unidade de Saúde. Ela é atendida na Unidade de Saúde Caiuá, também no CIC, e sofreu durante a gravidez com algumas complicações. “Desde que descobri que estava grávida comecei a ser atendida mensalmente. Quando não era com o médico era com a enfermeira e se eu não estava bem para sair de casa a equipe vinha até aqui para fazer a minha consulta”, relembra.

“Se a mãe apresenta algum quadro depressivo, alguma doença que situação que a impeça de sair de casa, nós viemos fazer a visita. É importante que a mesma equipe faça o acompanhamento tanto da mãe quanto da criança, e o Programa Saúde da Família possibilita isso. Como atendo toda família sei os fatores de risco e quais hábitos e costumes podem estar influenciando na saúde de cada um”, conta Mariana Cresto, médica da unidade Caiuá.

Outro ponto positivo ressaltado por Tacyane foi a visita da dentista da unidade. “É muito importante que a gestante também tenha cuidados com a saúde bucal. Uma simples infecção de gengiva pode resultar na prematuridade do bebê. Já após o nascimento é fundamental que a mãe cuide também da higiene bucal da criança e essas dicas e acompanhamentos a odontologia da unidade de saúde faz desde a descoberta da gravidez”, conta a dentista Tatiana Braga Tocci.

Esse trabalho tem resultado em maior integração da equipe da Vigilância Epidemiológica e da mesma com as Unidades de Saúde e consequentemente na diminuição dos óbitos.

“Acreditamos que esse olhar refinado às crianças menores de um ano, impactou na diminuição da mortalidade infantil no Distrito Sanitário CIC e na melhoria e fortalecimento da Atenção primária nas Unidades de Saude”, diz Cynthia Calixto Fraiz.

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