Depois de muitas horas de pesquisa e estudo, o dia do lançamento do projeto Observatório Proteca da Universidade Federal do Paraná (UFPR) bateu na porta. Nesta quarta-feira (22), no Campus Botânico, às 11 horas, uma plataforma online entrará no ar para indicar o caminho para que se evitem os casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. O acesso ao local é gratuito e liberado para todos os públicos.
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O projeto foi desenvolvido na Universidade Federal do Paraná (UFPR) a partir de 2021, respondendo ao Edital e fomento da Secretaria Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente/Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNDCA/MMFDH), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
No entanto, a discussão sobre o tema dentro do corredor universitário começou em 2017, com o objetivo de alinhar conversas entre especialistas sobre o mundo cibernético com as possíveis vítimas, as crianças e adolescentes que ficam em frente a um mundo desconhecido da internet, por horas.
Elenice Novak, coordenadora do projeto Observatório Proteca, entendeu que essa experiência de levar o temido assunto para as escolas foi fundamental para que o projeto ganhasse corpo e evoluísse. “Tivemos parceiros importantes como o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Secretara Municipal de Educação. A gente desenvolveu uma metodologia para chegar nas escolas e explicar aos professores e estudantes, como se defender de crimes cibernéticos. O tema é delicado e poucos falam do assunto, mas é essencial a conversa para entendermos o problema ”, disse Elenice.
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Com o conhecimento e trabalho de campo, uma equipe de 64 pessoas decidiu implementar o Observatório Proteca, abrangendo dados e estudos que irão auxiliar a iniciativa privada e o público em geral, a enfrentar esse desafio misterioso.
“Temos uma sociedade que busca menos informação sobre o assunto, tem pouca clareza e não sabe qual atitude tomar. A equipe com 64 professores, estudantes e técnicos desenvolveram uma revista acadêmica, uma cartilha com manual de boas práticas, personagens lúdicos e um centro de pesquisas com uma plataforma que vai estar aberta ao público. Iremos analisar dados e daremos o indicativo para instituições, para que se definam as políticas públicas”, comentou a coordenadora.
Primeiro desafio!
Um dos primeiros desafios do Observatório é acabar com o mito que o criminoso ou a vítima pertencem a uma classe menos favorecida da sociedade. “Chamou atenção que não existe um perfil seja do criminoso ou da vítima. Muito se pensa que a pessoa não tem estudo, mas é diferente. O crime cibernético é mais complexo pela tecnologia utilizada. A complexidade é maior até para localizar, e isso é um esforço que o Observatório faz”, completou Elenice.
Serviço
Lançamento do Observatório Proteca
Quando: 22/06 às 11 horas
Local: Campus Botânico da UFPR
Endereço: Avenida Prefeito Lothário Meissner, 623 – Jardim Botânico (Sala de Conferências)