A Universidade Federal do Paraná vai começar a receber inscrições para o Vestibular 2023 entre os dias 18 de julho e 31 de agosto. As datas foram anunciadas nesta sexta-feira (13) pelo Núcleo de Concursos da universidade.

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O Vestibular 2023 terá algumas novidades em relação às edições anteriores. A primeira é que, depois de dois anos com o processo em fase única, por causa da pandemia de Covid-19, o vestibular voltará a ser em duas fases. Todas as regras serão detalhadas no edital normativo do Vestibular 2023, que deve ser publicado em julho.

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Estudantes que querem solicitar a taxa de inscrição, devem realizar entre o dia 18 e 25 de julho para quem está inscrito no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) e de 18 a 29 de julho para quem, mesmo não inscrito no CadÚnico, comprovar renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio e, ao mesmo tempo, tiver cursando o Ensino Médio em escola pública ou como bolsista integral em escola particular.

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Mas para facilitar o planejamento dos vestibulandos e também das escolas, as datas das provas já foram anunciadas. A primeira fase, com 90 questões objetivas, será no dia 23 de outubro; a segunda, que consiste numa prova de compreensão e produção de textos com três questões discursivas, ocorrerá em 4 de dezembro. Para os cursos que tiverem provas específicas e de habilidades específicas, elas serão aplicadas no dia 5 de dezembro.

A retomada do modelo em duas fases busca valorizar as habilidades de leitura e escrita, a universidade anunciou o retorno ao modelo de duas fases, depois de duas edições em fase única, por causa da pandemia de Covid-19.

Além disso, com a realização de ambas as fases ainda no ano de 2022, a UFPR readequa o calendário do vestibular ao calendário civil, depois de dois anos de descompasso por causa da pandemia de Covid-19. Assim, os candidatos aprovados no próximo vestibular iniciarão as aulas no primeiro trimestre de 2023, como ocorria antes da pandemia.

Novas cidades para aplicação de prova

Outra novidade importante é que a UFPR vai ampliar de seis para doze o número de cidades em que será aplicada a prova da primeira etapa do seu vestibular. Além de Curitiba, Jandaia do Sul, Matinhos, Palotina, Pontal do Paraná e Toledo, a primeira fase do Vestibular 2023, marcada para 23 de outubro, ocorrerá em mais cinco de cidades do Paraná – Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá e Paranaguá – e também, pela primeira vez, em uma de Santa Catarina: Joinville, que é um dos principais polos do estado.

A intenção é aproximar ainda mais a universidade dos candidatos e permitir que façam as provas sem necessidade de grandes deslocamentos.

A decisão leva em conta o fato de que grande parte dos inscritos nos vestibulares da UFPR são de fora da Região Metropolitana de Curitiba. No vestibular 2021/2022, realizado em fevereiro em fase única, 75% dos inscritos eram do Paraná e, destes, 36% moram em cidades fora da RMC.

Embora a UFPR já aplicasse as provas em mais cinco cidades, a distribuição geográfica ainda não era tão ampla. Agora, com mais seis cidades, as principais regiões do Paraná serão atendidas, facilitando a vida dos candidatos.

A decisão de aplicar a prova também em Joinville justifica-se pelo fato de Santa Catarina ser, geralmente, o segundo estado com mais inscritos no vestibular da UFPR, depois, naturalmente, do Paraná.

Os candidatos que forem aprovados na primeira fase do Vestibular 2023 farão a segunda fase em Curitiba, com algumas exceções:  os que disputam vagas em cursos sediados em Jandaia do Sul, Matinhos, Palotina e Toledo poderão, no momento da inscrição, optar por realizar a prova nessas localidades.

Obras de referência

Com algumas alterações em relação ao vestibular anterior, a UFPR já divulgou também o programa de prova e a relação das obras de referência para as provas de Literatura Brasileira, Sociologia e Filosofia do Processo Seletivo 2022/2023, além das obras para a prova de habilidades específicas do curso de Música.

Em Literatura Brasileira, as novidades são Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, e O livro das semelhanças, de Ana Martins Marques. O primeiro, uma obra em prosa, de uma autora do século XX. O segundo, um livro de poesias de uma autora contemporânea.

As escolhas introduzem mudanças em termos de gênero literário, linguagem, representatividade e atualidade. Elas refletem algumas das expectativas da Universidade com relação ao ensino de literatura e à leitura dos estudantes: que leiam obras canônicas e marginais, de gêneros literários e tempos variados, e que o façam com criticidade e contextualização.

Das quatro obras escolhidas para servirem de base para as questões de Sociologia, duas já estavam na lista do vestibular anterior e duas são novas (Sociologia para o Ensino Médio, de Nelson Tomazi, e Sociologia, de Sílvia Araújo e Maria Aparecida Bridi).

Os livros selecionados são próximos da realidade dos jovens do Ensino Médio e possibilitam uma ampliação da base conceitual para procedimentos analíticos e interpretativos sobre a atualidade.

A relação de obras de Filosofia é quase inteiramente nova em relação à dos vestibulares anteriores. A única obra que permanece é Discursos sobre a primeira década de Tito Livio, de Nicolau Maquiavel. Entre as obras incluídas está a de uma autora brasileira: é O que é lugar de fala?, da filósofa, acadêmica e ativista Djamila Ribeiro.

Mais do que saber o que um filósofo disse ou deixou de dizer, a proposta que baseou a definição da lista é a de levar o candidato a refletir sobre problemas de ordem conceitual e avaliar sua capacidade de pensar o pensamento, ou seja, de adotar uma postura filosófica.

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