Trio detido com armas e drogas no Cajuru

Apontado pela polícia como líder de uma quadrilha de extermínio, responsável por pelo menos seis assassinatos no Cajuru, César Alves, 34 anos -mais conhecido no bairro como “Cesinha” – foi preso ontem por policiais da Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone).

Também foram detidos Paulo Adelar Barbosa, 27, e Jhonathan Ribas Ferreira, 18. O trio tinha consigo seis armas, todas com numeração raspada. “Cesinha” assumiu a posse de cinco delas e tentou inocentar os comparsas.

Segundo explicou o tenente Alves, equipes da Rone já tinham feito operações com a Delegacia de Homicídios, no Cajuru, em busca da quadrilha, mas sem sucesso.

Por volta das 17h de ontem, em patrulhamento de rotina, a equipe do tenente Alves encontrou o suspeito em frente a sua residência, na Rua Leonardo Novicki. “Cesinha” e Paulo portavam um revólver calibre 38 cada um.

Ao ver os policiais, Jhonathan correu para dentro da casa, mas foi alcançado e com ele havia outro revólver calibre 38. Em revista à residência, uma carabina 765 e outros dois revólveres calibre 38, além de uma balança de precisão e uma pequena quantidade de droga, foram localizados.

“Cesinha” contou que numa residência próxima, na Rua Leonardo Jelinski, mais armas poderiam ser encontradas, pertencentes a um comparsa seu identificado apenas como “Japa”. Lá os policiais encontraram uma pistola 380. “Japa” não foi localizado.

Mortes

A DH acredita que a quadrilha seja responsável por pelo menos seis mortes no Cajuru, e por isso era investigada há três meses. O motivo dos assassinatos seria rivalidade entre a “Turminha do Trecho” e do “Autódromo”.

As brigas e mortes, de acordo com a polícia, vem ocorrendo por vários motivos: tráfico de drogas, roubos (uma gangue não pode roubar na área de outra, nem roubar mais que a outra), ou a presença de integrante de um grupo na área rival.

“Cesinha” assumiu a posse de cinco revólveres. Disse que era ameaçado de morte e comprou as cinco armas para se proteger. Ele disse que Paulo e Jhonathan eram pedreiros e estavam em sua casa apenas trabalhando na colocação do novo piso. Mesmo assim, eles foram autuados em flagrante por porte e posse ilegal de armas.

“Sou gente boa”

“Cesinha” tinha mandado de prisão por homicídio, expedido em 26 de junho, pela Vara de Inquéritos Policiais, mas ele nega o crime. Contou que sabia que era procurado e disse que tinha intenção de se apresentar durante o período de eleições, época em que ninguém pode ser preso se não for em flagrante.

“Sou gente boa. Tenho um bom advogado e sei que ele vai me tirar logo dessa”, afirmou. “Cesinha” afirmou que é motoboy há 15 anos e já foi funcionário de um grande jornal de Curitiba. Ele foi julgado recentemente na 2.ª Vara Criminal, por tentativa de homicídio. Passou cinco meses detido mas foi inocentado desse crime.

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