O que é isso??

Trincheira em Curitiba tem substância misteriosa avermelhada surgindo da parede

Imagem mostra um viaduto de Curitiba com uma substância vermelha misteriosa.
Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

A trincheira da Avenida Winston Churchill, no bairro Pinheirinho, importante ligação na região de Curitiba, tem provocado certo receio de moradores que costumam passar no trecho. Água vertendo para dentro da via e uma substância avermelhada escorrendo pelas paredes. Estas situações levantaram o questionamento da população que procurou a Tribuna sobre a segurança do local. A prefeitura de Curitiba, porém, garantiu que não existe risco à estrutura e que monitora todas as passagens de carros e pedestres da cidade.

A trincheira da Avenida Winston Churchill foi inaugurada em 2013, mas chegou a ser fechada ainda no mesmo ano por conta de obras da Linha Verde Sul. A obra estava inclusa no rol de projetos financiados pelo PAC da Copa. Por conta de atrasos no pagamento, a empreiteira que tocava o serviço pediu rescisão de contrato em novembro de 2012. Isso atrasou o cronograma atrasou o cronograma de execução e as obras só foram retomadas no final de julho do ano passado.

Passado mais de uma década da construção, algo novo para qualquer edificação, o Departamento de Edificações da Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP), mantém avaliações e quando necessário, laudos assinados por engenheiros analisam caso a caso.

No relato da Elisangela de Oliveira Cardoso, 47 anos, coordenadora de pesquisa clínica, a trincheira estaria com infiltração em vários pontos. Segundo ela, muita água escorre pelas paredes mesmo em dias sem chuva. Além disso, ela revela que alguns pedestres preferem utilizar a via, num espaço apertado entre os carros, ao invés de utilizar uma escada para poder atravessar para o outro lado.

“Percebi isso há uns dois meses, e quando chove muito, aumenta a quantidade de água vazando. Em dia de sol, é fácil perceber que está úmido. Tenho evitado passar por ali. Tenho medo e fico pensando se alguém está atento com isso, a prefeitura precisa fazer um laudo para deixar a gente tranquila”, cobrou Rosangela.

Gosma avermelhada chama atenção

Imagem mostra um viaduto de Curitiba com uma substância vermelha misteriosa.
Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Ainda dentro da trincheira, algo chamou a atenção. Uma espécie de gosma de cor avermelhada está na parede. O que seria isso? Um contato com uma pessoa poderia resultar em doenças? A boa notícia é que não, é até comum pela cidade essa substância que explicarei na sequência. 

Ao ter essa conversa com a leitora da Tribuna do Paraná, a reportagem entrou em contato com a prefeitura para saber a real condição da trincheira. Por nota, a Secretaria Municipal de Obras, que tem na coordenação o Soélio Antonio Vendramin, uma equipe técnica faz manutenções frequentes no local. “Em 2023, as paredes passaram por limpeza e melhorias, entre elas nova pintura e técnicos estiveram na semana passada, e constataram que não há risco estrutural. Uma nova rodada de serviços para a conservação desta trincheira já está programada para acontecer ainda nesse primeiro semestre”, respondeu a prefeitura.

Aguaceiro e substancia estranha

Para tranquilizar a Rosangela e tantos outros que passam pela trincheira, o engenheiro fiscal do Departamento de Edificações da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Guido Aurélio esteve no local, e conversou com a Tribuna. Segundo ele, a questão da água saindo pelos buracos é normal. “A água passa pelo concreto, é natural, ela acha um lugar para sair. Isso está no projeto. É feito um trabalho preventivo em tratar o viaduto, trincheira, pontes de Curitiba. É comum ocorrer acidentes nos locais com veículos ou depredações, estamos atentos ao que acontece”, reforçou Guido.

Quanto a substância que parece uma gelatina, ela não oferece perigo para a população. Ela aparece em várias trincheiras, às vezes, amarela ou preta. Quando se faz uma obra desse tipo, se faz uma escavação e depois completam com material para nivelar. Esse material provavelmente é rico em ferro, e com a tensão da água ela pega o “pó” da terra e joga para fora junto com a água. Se tocar naquela sujeira, é uma textura ferrosa. É a composição química do solo, e nem sempre dá para notar devido à fuligem dos carros que cobre. Com a limpeza feita no fim de 2023, o local ficou limpo e aparece mais essa cor avermelhada”, completou o engenheiro fiscal.

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