O problema não é de hoje. Um posto de gasolina abandonado no bairro Portão, em Curitiba, já deu dor de cabeça para os moradores e comerciantes da região há três anos, em 2019. Depois de ter sido limpo e revitalizado, o posto abandonado virou, novamente, um problema para a população.
O posto fica na Rua Paranaguá, na altura do número 900, na esquina com a Avenida Presidente Kennedy, e funcionava com a bandeira da BR Distribuidora.
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Em 2019, Ademir José Dias, que tem um escritório ao lado do posto, fez diversas denúncias sobre a situação do local. Ele se queixava do acúmulo de água parada e quantidade excessiva de lixo. Nesta terça-feira (14), o mesmo comerciante volta a reclamar dos mesmos buracos – eles haviam sido tapados com areia – que estão sendo focos de proliferação de dengue, muito lixo à céu aberto e das pessoas em situação de rua que permanecem no local para uso de drogas.
“Esses dependentes químicos pernoitam ali e levam muitas sacolas de lixo. Pegam os lixos da vizinhança e deixam o restante largado ali. Além disso, muitas pessoas ficam com medo de passar pelo local, está complicado”, afirma Dias.
Diante dos problemas, a vizinhança tem reclamado da situação pelo canal da prefeitura de Curitiba, o 156. Ademir abriu duas solicitações no canal no dia 7 de maio: limpeza do terreno e acúmulo de água parada. Ambas ainda constam em andamento no aplicativo do 156.
E aí, prefeitura?
Segundo a prefeitura, por meio da Secretaria do Urbanismo e Assuntos Metropolitanos (SMU), já houve um processo contra o proprietário do ponto em 2017. Como o posto foi regularizado em 2019, o processo foi arquivado.
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Sobre as novas queixas, a prefeitura afirma que fará uma vistoria no local nos próximos dias e, caso as condições do local estejam irregulares, um novo processo será aberto contra o dono do posto.
A reportagem entrou em contato com a BR Distribuidora, mas não obteve resposta sobre a situação do posto até o momento de publicação da matéria.
Relembre os problemas de 2019
Em 2019, os moradores e comerciantes da região registraram chamados na prefeitura de Curitiba para que verificassem o local. Na época, a prefeitura explicou que já havia advertido e multado o proprietário por mais de uma vez. A última autuação foi em julho de 2019. Mas, como informou a pasta, ocorreram outras autuações em março, maio e novembro de 2018. Também houve notificações para que tomassem providências em relação à vedação do espaço em janeiro, agosto e julho de 2019.
As multas geradas naquele ano somaram um valor em torno de R$ 4 mil, pelo local não estar vedado e limpo. Só em agosto de 2018, a multa foi de pouco mais de R$ 2 mil e o CNPJ da empresa, proprietária do imóvel, foi negativado.
No mesmo ano, o local foi limpo e as irregularidades foram resolvidas.