Um dos piores trechos e também um dos mais complicados para se cruzar a Linha Verde, em Curitiba, começou a ganhar forma e a revolta com os congestionamentos diários no local pode, enfim, reduzir. O trânsito foi alterado aos veículos que trafegam no sentido Atuba-Pinheirinho desde o fim da tarde de segunda-feira (24), devido à obra de construção da trincheira que vai ligar as ruas Fúlvio José Alice, no Bairro Alto, e Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri. Os motoristas foram liberados para passar por sobre a trincheira e a previsão de término é para setembro.
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A trincheira compreende o Lote 3.2 da Linha Verde e o trabalho está sendo executado pela TCE Engenharia Ltda., que venceu o processo licitatório para realização do saldo remanescente da obra. Além da trincheira, estão sendo feitos serviços de pavimentação na própria Linha Verde e nos acessos laterais à nova estrutura viária.
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Rodrigo Rodrigues, secretário municipal de Obras Públicas, o desvio no trânsito foi permitido após a conclusão da laje da trincheira. “Já enxergamos de lado a outro da trincheira. Há frentes de trabalho no Bairro Alto e no Bacacheri. Estamos vencendo as dificuldades provocadas pela pandemia, principalmente o atraso no fornecimento de insumos como concreto e aço, e logo finalizaremos o trabalho”, disse Rodrigo Rodrigues. A previsão de que a obra seja concluída até o mês de setembro.
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A nova trincheira terá duas faixas de rolamento em asfalto para o tráfego de veículos, uma pequena calçada de emergência e uma passarela metálica para atender os pedestres. Quando estiver liberada para o trânsito, a estrutura formará o binário com a trincheira já existente sob a Linha Verde e que liga as ruas Gustavo Rattman e José Zgoda.
Atrasos e mais atrasos
A trincheira entre os bairros Bacacheri e Bairro Alto, na Linha Verde, em Curitiba, teve os trabalhos retomados em agosto de 2020. As obras começaram em 2016, mas após problemas ficou anos parada e agora deve avançar.
No polêmico trecho, seis aditivos de prazo foram concedidos à empresa que executava os serviços. No entanto, a Secretaria Municipal de Obras Públicas notificou 21 vezes a construtora por não execução de frentes de trabalho, atrasos no cronograma de execução e, por fim, pelo total abandono dos serviços, inclusive marcado pela ausência de funcionários e retirada de materiais e equipamentos do local.
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Com estes problemas, o contrato foi rompido no fim do ano passado. Entretanto, a empresa que tocava as obras, a Terpasul, move ação na Justiça questionando o rompimento de contrato.
A Linha Verde começou a ser construída há 13 anos, em 2006, ainda na primeira gestão do então prefeito Beto Richa (PSDB).