Em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, um cruzamento está causando muita dor de cabeça para quem precisa atravessar um trecho caótico na BR-476, a Estrada da Ribeira. O movimento é intenso e pedestres se arriscam entre as sete pistas de rolagem que existem no trecho para tentar chegar ao outro lado.

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A falta de um sinaleiro de pedestres no cruzamento que fica na esquina da Estrada da Ribeira com a Avenida Colombo, no bairro Santa Terezinha, é o problema. Flagras enviados para a reportagem da Tribuna mostram moradores se arriscando entre carros, motos e caminhões para tentar chegar ao outro lado. No local, há uma faixa de pedestres desgastada, que não oferece segurança alguma. Atravessar a rodovia por ali é um verdadeiro pesadelo e um risco constante.

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De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2022 foram contabilizados 359 atropelamentos com 319 feridos e 115 mortos nas rodovias federais no Paraná. Apenas em 2023 as rodovias federais do estado já registraram praticamente a metade deste número, sendo: 186 atropelamentos, com 171 feridos e 52 mortos.

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Somente na Estrada da Ribeira, em Colombo, no ano passado, a PRF registrou 10 atropelamentos com uma morte. Nos oito primeiros meses deste ano, a BR-476 contabiliza quatro acidentes envolvendo pedestres.

Sinaleiro da região é caótico

Próximo aos grandes comércios da região, o sinaleiro mais próximo fica na esquina da Avenida Colombo com a marginal direita da Estrada da Ribeira – sentido Curitiba. E, apesar de teoricamente ser um sinal para resolver o problema do pedestre, provoca mais caos.

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Quando o sinal fica vermelho para os motoristas que trafegam na pista sentido Curitiba, o outro semáforo, instalado no canteiro central, abre para os condutores que querem acessar a pista sentido bairro. E é neste momento que o problema começa e o risco de um atropelamento só aumenta. Quem está atravessando a rua a pé precisa parar no meio da rodovia e esperar os demais carros passarem, para assim, conseguir chegar ao outro lado.

Desrespeito no nível máximo

A equipe da Tribuna do Paraná foi até o local para conversar com alguns moradores, que reclamaram da situação caótica na região. De acordo com eles, a implantação de um semáforo para pedestres deve ocorrer com urgência, antes que novos atropelamentos e acidentes aconteçam.

Durante cerca de uma hora em que a equipe permaneceu na região, foram vistas diversas irregularidades: motoristas que não aguardam o pedestre terminar a travessia, outros que param em cima da faixa, e até um caminhão que realizou uma freada brusca após o sinal ter fechado. Neste último caso, após o veículo ter andado por alguns metros e só parar em cima da faixa de pedestres, o motorista precisou dar a ré no caminhão. Mesmo com um radar instalado no local, as infrações de trânsito são constantes.

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José Borges, de 53 anos, que mora na região há algumas décadas, contou para que já foi atropelado duas vezes, sendo uma delas na própria Estrada da Ribeira. Ele teve fraturas na perna que o obrigaram a necessitar de uma bengala para caminhar. Borges também revela que o trecho é famoso pelos graves acidentes que sempre acontecem por ali. Assista ao vídeo abaixo!

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Para Paulo César Beje, 51 anos, que mora há pelo menos 27 anos na região, a situação não é diferente. Ele também conta sobre os diversos acidentes e o perigo de atravessar nos horários de picos.

“Aqui é muito complicado, já vi muitos acidentes, no horário de pico é complicado atravessar. Já vi pessoas morrendo em acidentes aqui na Ribeira. Seria muito bom se tivéssemos um sinaleiro para o pedestre. Mais tem lugar aqui na Ribeira que nem semáforo tem, é pior ainda. Os motoristas não esperam a gente passar, é bem fácil de acontecer um atropelamento”, lamenta Beje.

A jovem mãe Juliana de Paula que busca seu filho todos os dias na escolinha, relata sobre como é ter que atravessar a rodovia todos os dias. “Acho que dá pra melhorar bastante, eu tive que me enfiar no meio dos carros ao atravessar, se você ficar esperando, nunca conseguirá atravessar. Aqui traz muito risco, as crianças passam por aqui, é bem complicado. Aqui tem que sair com tempo para conseguir passar, afirma.

E aí, DNIT?

A reportagem questionou a prefeitura de Colombo sobre a questão. Porém, por ser uma rodovia federal, a responsabilidade é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Buscamos contato por diversas vezes com o órgão federal, mas ainda não recebemos uma resposta sobre o problema enfrentado pelos moradores.

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O que??

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