Transplante de árvores salvam espécies da cidade

Nos últimos três anos, 75 árvores mudaram de endereço em Curitiba. A mudança foi feita com um caminhão transportador, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que retira a árvore de um espaço público que precisa ser desocupado (para a construção de um conjunto habitacional, por exemplo) e a leva para um parque ou praça com espaço disponível. Desta forma, importantes espécies de árvores são preservadas por meio desse serviço de remoção e transporte.

O processo de retirada se inicia com a análise da árvore, que deve ter uma especialidade em destaque. “Ela pode ser uma espécie nativa ou rara, com um porte representativo ou mesmo ser uma espécie com uma representatividade cultural”, explica Erica Costa Mielke, diretora do departamento de produção vegetal da secretaria.

O segundo ponto de análise é a viabilidade técnica para o transporte da árvore. O equipamento utilizado é pesado e não pode acessar um solo alagadiço ou extremamente argiloso. Não pode haver grandes impedimentos físicos para cavar os terrenos e também para realizar o percurso de transporte, como tubulações, fiações de postes e também pontes e viadutos baixos.

Após a liberação da operação, é verificado o tamanho da copa da árvore e a necessidade de podá-la para que caiba no caminhão transportador. A máquina possui uma espécie de concha, com um sistema de irrigação que permite uma retirada mais fácil da terra. Inicialmente, o caminhão é levado para cavar o buraco no qual será colocada a árvore transportada. Depois é feita a retirada da árvore de forma inteira, incluindo as raízes. Ela é transportada e plantada no novo local onde permanecerá.

O procedimento de retirada e plantio pode ser demorado, dependendo do terreno e do acerto da colocação da árvore no local determinado. O caminhão utilizado é importado e precisa ser operado por um profissional experiente. “Precisamos ter muito cuidado no manuseio da máquina, pois sua manutenção é difícil, a reposição exige peças que não existem no Brasil”, confirma Vilardi Disner, que opera o equipamento desde 1996 –  a máquina foi adquirida pela Prefeitura em 1994. O serviço não é realizado em terrenos particulares.

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