Cerca de 300 Motoristas e cobradores de ônibus da viação Sorriso reuniram-se, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (04), para deliberar quais ações podem ser tomadas com relação à segurança nos ônibus do transporte coletivo.
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A ação dos trabalhadores acontece após os últimos casos de assassinato de trabalhadores, mais recente na última sexta-feira, e dos arrastões sofridos dentro dos coletivos. Em julho o motorista Edmilson de Melo, de 45 anos foi assassinado durante um arrastão em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Outro caso recente aconteceu na noite desta sexta-feira, quando um cobrador acabou assassinado dentro de um ônibus da linha Gramados, no Capão Raso.
Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), foram aprovadas a realização de paralisações, passeatas e acampamento em praças. O cronograma das ações ainda não foi divulgado.
Violência
O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, disse que motoristas e cobradores de todas as empresas de ônibus da capital e região metropolitana serão ouvidos nos próximos dias – o que pode, novamente, gerar atrasos pontuais durante as manhãs.
Segundo o Sindimoc, os recorrentes casos de violência no sistema de transporte coletivo vêm gerando insegurança entre passageiros e trabalhadores. Por isso, a ideia é estabelecer um cronograma de mobilizações para todo o mês de setembro.
“Decidimos fazer reivindicações para chamar a atenção para essa questão de segurança pública. Só na semana passada tivemos três trabalhadores esfaqueados, um que foi agredido com bastão, o número de arrastões não para de aumentar. O trabalhador está com medo. Ele sai para trabalhar sem saber se volta para casa”, justifica o presidente do sindicato.
O Sindimoc afirma que até o fim da manhã desta segunda já deve ter definido o cronograma de mobilizações que serão feitas durante o mês.
Setransp rebate
Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) se posicionou e atacou a ação dos trabalhadores. “A entidade paralisou a empresa Viação Cidade Sorriso alegando buscar mais segurança, como se as operadoras fossem responsáveis por garantir segurança pública”, diz a nota. Para o sindicato, a ação tem como resultado apenas o atraso na saída dos ônibus.
O sindicato reformou que se reúne com frequência com a Guarda Municipal e a Polícia Militar para tratar do tema. Disse, inclusive, que contribui com o mapeamento dos locais com mais incidência de assaltos para que os órgãos competentes possam, quando possível, agir preventivamente ou, quando necessário, realizar a prisão dos bandidos.
Cartão transporte
O Setransp lembrou ainda que em Curitiba 60% dos pagamentos são realizados com cartão transporte. O aumento deste método trará menos dinheiro em espécie nos coletivos.