Greve continua

Trabalhadores da Renault recusam proposta da empresa e mantém greve

Assembleia na Renault nesta quinta-feira (19). Foto: reprodução / vídeo.

Em greve desde o último dia 6 de maio, os trabalhadores da montadora Renault, em Curitiba, rejeitaram mais uma vez a proposta da empresa para reposições de salários de funcionários das várias áreas da linha de produção. Uma nova assembleia foi realizada na tarde desta quinta-feira (19) e se encerrou por volta das 15h15.

A assembleia desta tarde foi em frente ao complexo Ayrton Senna, localizado em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e teve transmissão ao vivo pelas redes sociais. Uma nova reunião entre os trabalhadores deve ocorrer na próxima segunda-feira (23).

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De acordo com o sindicato dos trabalhadores, a paralisação na linha de produção é uma resposta à proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR-2022/23), afetada pelos ajustes da montadora nas bases de um acordo firmado em 2020. A empresa chegou a sugerir que os funcionários retornassem ao trabalho até que uma nova proposta fosse apresentada. Em votação, a decisão foi pela manutenção da greve.

Ainda de acordo com o SMC, a greve também é motivada pelos quase 2 mil desligamentos realizados pelo Plano de Demissão Voluntária (PDV) em 2020. De acordo com o Sindicato, “mesmo atingindo a difícil meta estipulada em 198 mil automóveis neste ano, o valor total projetado da PLR (R$ 15.400,00 por trabalhador) está fora da realidade de negócio da empresa, que aumentou o preço do carro em mais de 30% em dois anos.

O presidente do SMC, Sérgio Butka, falou sobre a nova assembleia. “Começamos a negociação hoje [quarta] e se até a assembleia de amanhã não tivermos uma proposta viável, só voltaremos a nos reunir na segunda-feira”, disse. “Esperamos o bom senso da empresa. Que aquela luzinha tenha clareado e mostre que sem um bom acordo, que recomponha o poder aquisitivo dos salários, não adianta. A ressurreição da empresa não se dará pela sustentabilidade e competitividade, mas sim pelo bem estar dos trabalhadores”.

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Butka acusou a empresa de tentar desmobilizar a categoria, tentando fazer com que ônibus fretados levassem trabalhadores para dentro da montadora. Aproveitou também para criticar os governos estadual e federal, além de recomendar um voto “melhor” nas eleições deste ano para evitar situações como essa.

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