Mais de 4 mil trabalhadores da limpeza municipal, que prestam serviços para a prefeitura, terão que esperar até segunda-feira (05) para saber se receberão o salário do mês de dezembro em dia. Na segunda-feira (28), os trabalhadores ficaram sabendo que poderiam ficar sem salários e até mesmo sem emprego.
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A audiência de mediação aconteceu ontem (29) no Ministério Público do Trabalho e contou com a participação do sindicato das empresas, do sindicato dos empregados e de representantes da Prefeitura, que pediram mais um prazo para analisar as finanças.
Os representantes das empresas explicaram não ter mais condições de arcar com salários e décimo terceiro se não receberem as faturas atrasadas do município. Segundo eles desde julho a prefeitura não faz repasses e os funcionários estão sendo pagos com recursos próprios.
A reunião entre as partes foi convocada pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) que foi notificado pelo sindicato patronal sobre a limitação financeira das empresas.
O município confirmou que está com dificuldades financeiras e argumentou que não são todas as empresas que não recebem desde julho. De acordo com a gestão, a prefeitura busca contornar a situação da melhor forma e afirmou que os pagamentos não serão suspensos. A prefeitura pediu um prazo para a Secretaria Municipal de Finanças fazer um levantamento do valor necessário para pagamento das dividas com as empresas. Até o final da semana a administração municipal e as empresas vão reunir-se para tratar novamente o assunto.
A Procuradora do Trabalho, Dra. Cristiane Maria Sbalqueiro Lopes, ressaltou durante a audiência que o crédito trabalhista é privilegiado dado o seu caráter alimentar, motivo pelo qual deve ser tratado com prioridade. A nova audiência ficou marcada para segunda-feira (05) às 16h.