Usando uma touquinha vermelha e branca na cabeça durante o trabalho, Eleandro Biscaia lembra quem está na rua: o Natal está chegando. E com ele a época de paz, tranquilidade, amor e alegria. Pelo menos é essa a mensagem que o curitibano acredita e deseja passar adiante.
Com 53 anos, ele trabalha em uma empresa que faz asfalto na capital paranaense e região metropolitana. Por isso, está sempre pelas ruas da cidade.
Biscaia explica que faz de tudo um pouco, mas onde mais atua é na bomba de óleo, utilizada para molhar o pneu dos rolos quando a massa da pavimentação gruda. Mesmo com a correria do trabalho e como o Natal é a época preferida dele, o curitibano queria fazer alguma coisa para trazer a “magia natalina” para mais perto do coração das pessoas. Foi assim que surgiu a ideia de colocar a touca.
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Uma touquinha de Natal, um objeto que parece muito simples, mas que carrega um significado especial para ele. “[Coloquei] a touquinha de Papai Noel na cabeça para mostrar pro pessoal que o Natal não acabou, que existe ainda. Porque para muita gente ficou no passado e eu acho que não, não ficou e nunca vai ficar. Então para a pessoa relembrar que é uma coisa boa, do nascimento de Jesus e trazer mais alegria, não só para o pessoal que trabalha junto com a gente, mas também para o pessoal que passa perto de nós, crianças, senhoras e senhores. Então foi uma ideia que eu tive de fazer isso”, explica emocionado.
O objetivo deu certo e a resposta foi quase imediata. Biscaia conta alegre que as pessoas passam por ele na rua e gritam coisas como “Feliz Natal”, “ho ho ho”, “o Papai Noel”.
Tradição natalina continua no coração
Talvez esse não seja só o caso de Biscaia, mas para ele o Natal desperta belas memórias afetivas e da infância. Celebrando nos últimos anos o feriado com a esposa, o enteado e a filha, ele relembra com carinho de quando era criança e passava os meses de dezembro em uma casa cheia.
Nessa época ele celebrava com a mãe, já falecida, e com os irmãos. “A gente comemora, mas a tradição do passado eu guardo na memória. Mês de dezembro era a casa mais cheia, festa, todo mundo rindo e trocando presentes. Eu sempre gostei disso”.
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Atualmente, apesar de ter diminuído o contato com os irmãos e celebrar o feriado em menos pessoas, ele garante: “dentro do coração nunca se perde o encanto do Natal”.
Os desejos de Natal
Com as memórias da infância e procurando proporcionar boas experiências para quem está em volta, o desejo natalino de Eleandro é singelo: “que eu continue tendo esse espírito natalino, trabalhando alegre e feliz junto com os amigos e com a minha família. É meu sonho, que nunca acabe o Natal, nunca acabe essa alegria”.
Pensando no futuro, Biscaia não descarta a possibilidade de um dia se vestir de Papai Noel e sair por aí, fazendo a alegria da criançada. Ele também revela que a esposa e ele planejam fazer uma ação de distribuição de presentes no próximo ano.
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“Quero desejar um feliz Natal para todos os seres humanos e que venham mais Eleandros, que tenham atitudes de fazer as coisas serem um pouquinho diferentes para os outros”, completa.
Passado no futebol
Disposto a por a roupa vermelha e branca e se vestir de Papai Noel, Eleandro entende bem a importância dos “modelitos” do dia a dia. Ele trabalhou por vários anos, entre o fim da década de 1990, até meados de 2005, como roupeiro do Coritiba, separando e cuidando dos uniformes dos jogadores.