Leva menos de um minuto – precisamente 52 segundos – para o elevador subir os 109,5 metros e levar cinco pessoas por vez ao topo da Torre Panorâmica de Curitiba. O ponto turístico no bairro Mercês foi visitado por 2 milhões de pessoas em 19 anos e permite ao visitante uma visão de 360 graus de toda a cidade. O encanto é imediato.
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“Achei que seria uma vista da cidade de um ângulo. Aí subimos e me surpreendi! Dá para ver quase toda a cidade, que é muito grande”, disse a catarinense Milena Ferreira, de Itajaí, que passou cerca de 20 minutos no topo da Torre Panorâmica, uma altura equivalente a 40 andares. Ela visita Curitiba com o marido e um casal de amigos e fez a seleção dos pontos a serem visitados com pesquisas na internet. Na sequência, o grupo seguiu para o Parque Barigui, a menos de dois quilômetros dali.
Da lado leste da torre, é possível ver este que é um dos maiores parques de Curitiba. Joyce Mendes, paulistana que se mudou para Curitiba há três anos, sempre coloca um parque e o zoológico no roteiro das visitas. No fim de semana de 10 de agosto, ela e o marido recebiam uma família de quatro pessoas de São Paulo. “Todos os parques da cidade são lindos e daqui dá para ver todos”, observou.
Esta foi a segunda vez que Joyce visitou o ponto. Ana Júlia de Queiroz, sua amiga de São Paulo, aprovou a escolha: “É lindo, mas prefiro não chegar muito perto da janela porque tenho vertigem”, brinca. “Em São Paulo tem o Farol Santander, que é o ponto mais alto da cidade. Mas nunca fui. Acho que não chega a ser tão alto quanto aqui”, avaliou. Ela está certa: o mirante paulistano fica no 26º andar.
No térreo da Torre Panorâmica fica o Museu do Telefone, um espaço com uma maquete da torre, uma linha do tempo sobre telefonia de 1891 a 1995, antigos aparelhos de telefone e mesas de comutação, aqueles aparelhos que aparecem em filmes em que telefonistas precisam trocar o plugue de lugar para conectar duas pessoas em linha.
Ponto mais alto de Curitiba
Inaugurada em 1991, a Torre da Telepar, como era conhecida na época, só começou a contabilizar o número de visitantes a partir de 2000. A estrutura atualmente está sob a administração da companhia telefônica Oi e do Instituto Municipal de Turismo. Tamanha altura em uma torre de telefonia é necessária para o funcionamento das antenas de micro-ondas, mas o mirante no topo é uma exclusividade da torre em Curitiba.
Foi em janeiro de 2019 que a Torre Panorâmica bateu seu recorde de pessoas: exatas 19.774. Dos 2 milhões de pessoas, 29% são de Curitiba e região metropolitana e 7% de outras cidades do Paraná. Logo atrás, moradores de estados vizinhos: 23% de São Paulo e 11% de Santa Catarina.
Em homenagem à cidade, há um mural do artista Poty Lazzarotto com 300 anos de história de Curitiba e um mapa no chão, mostrando as principais vias e cada bairro curitibano. A área tem bancos de praça para contemplação, onde os amigos cariocas Lucas Cruz e Sabrina Bueno descansavam antes de ir para o próximo ponto turístico do dia, o Museu Oscar Niemeyer. “A cidade é muito limpa, organizada. Fica muito claro o contraste entre as áreas com casas, bem residenciais, e outras com muitos prédios”, observou Lucas.
Em dias de neblina, é possível experimentar um momento surreal, de completa cobertura da cidade por uma camada espessa de nuvens. Nem o Terrazza 40, o vizinho mais alto da torre, fica visível. O restaurante panorâmico funciona no 38º andar e também tem janelas do teto ao chão que permitem ver Curitiba de todos os ângulos.
O movimento é maior à tarde, mas não é preciso se preocupar: um ângulo vazio e sol é o que não faltam nos mais de 300 metros quadrados de área do mirante.
Serviço
Onde: Torre Panorâmica (Rua Prof. Lycio Grein de Castro Vellozo, 191, Mercês)
Ingressos: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia-entrada). Crianças até 5 anos não pagam. Crianças até 9 anos, idosos acima de 60 anos, estudantes, doadores de sangue e professores do Paraná pagam meia entrada.
Horário: De terça a domingo das 10 às 19h. A bilheteria funciona até 18h30.