Plano B

Torcedores não conseguem entrar na Arena e acabam assistindo jogo em TVs na rua

Torcedores que não conseguiram entrar na Arena da Baixada aproveitaram a TV na frente do bar para ver a vitória do Brasil sobre o México. Foto: Raquel Derevecki/Gazeta do Povo

Quem não conseguiu entrar na Arena da Baixada nesta segunda-feira (2) para acompanhar a vitória por 2 a 0 do Brasil diante do México, que garantiu a classificação para as quartas de final da Copa da Rússia, teve de se virar. Diversos bares, comércio em geral, barraquinhas e até moradores vizinhos do estádio do Atlético instalaram televisões para assistir à classificação da equipe de Tite.

Na residência do chefe de cozinha Weslley Pontes, por exemplo, a TV foi instalada na parede externa, ao lado da janela da casa, de onde ele aproveita para vender produtos como água e cerveja. “Tudo ajuda no orçamento”, afirmou o morador de 37 anos.

Segundo ele, a ideia de transformar a casa em um local para transmissão começou em 2017 durante jogos do Furacão. No entanto, foi durante a Copa do Mundo 2018 que o negócio realmente mostrou resultados. “Está vindo muito mais gente porque centenas de pessoas não conseguem entrar na Arena durante os jogos do Brasil. Isso está sendo ótimo para mim”, comemorou.

A estudante Julia Borba, de 17 anos, é uma das torcedoras que não conseguiu entrar no estádio nesta segunda. “Eu e minhas amigas chegamos antes das 10h para entrar. Só que lotou muito cedo e ficamos do lado de fora”, disse. Por isso, ela aproveitou para acompanhar os lances da seleção na primeira barraquinha com TV que encontrou do lado de fora do estádio. O local, que oferece sanduíches e bebidas, instalou um televisor para alívio dos clientes. “Eu queria estar lá dentro porque acordei cedo pra isso, mas ainda bem que podemos assistir daqui e torcer também”, afirmou a colega Ana Julia, de 15 anos.

E os bares da região também aproveitaram o movimento. No estabelecimento Furacão, por exemplo, três televisores fizeram a alegria da torcida. “Tivemos até que fechar o portão quando atingimos o público aproximado de 100 clientes para atender corretamente os que entraram”, explicou o gerente Gabriel Gustavo Felau, 26 anos. “Agora, nossa ideia é manter os televisores no estabelecimento porque a ideia foi ótima!”, adiantou.

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