O torcedor do Athletico que teve parte da mão decepada após uma explosão de rojão, nesta terça-feira (17), vai receber ajuda de uma empresa de reabilitação e prótese de mãos. O especialista em órteses e próteses e proprietário da clínica Centro de Reabilitação Catarin, Luciano Elias Alves, se prontificou a doar a peça e oferecer todo o tratamento de reabilitação gratuitamente. Além disso, torcedores do Furacão também se organizam para arrecadar dinheiro para medicamentos e outras necessidades dele.
Alves também é torcedor do Athletico, mas garante que a vontade de ajudar veio assim que soube do incidente no Aeroporto Afonso Pena quando o time embarcava para Porto Alegre, onde joga a final da Copa do Brasil contra o Internacional nesta quarta-feira (18), independente da paixão clubística. “Foi uma fatalidade. A gente atende muitos casos de perda de membros por fogos de artifício e ficamos comovidos. Uma situação dessas causa certo preconceito por parte das pessoas”, comenta o empresário.
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Assim que o foguete explodiu, bem no momento em que o ônibus com a delegação do Athletico chegava ao aeroporto, o torcedor primeiro foi atendido por um policial militar que fazia a segurança no local. O PM improvisou um torniquete para estancar a hemorragia até que viesse o socorro médico. Na sequência, uma ambulância encaminhou o rapaz ao Hospital São José, em São José dos Pinhais, onde ele passou por uma primeira cirurgia ainda na terça-feira. Ele segue internado, medicado e estável, conversando normalmente.
Para receber a prótese, o torcedor terá de fazer todas as cirurgias necessárias, esperar cicatrizar os pontos e só depois de 15 a 20 dias da retirada desses pontos é que vai iniciar o processo de fortalecimento e estímulo de adaptação da prótese.
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“O que a gente precisa fazer agora é esperar. Já entrei em contato com a família dele e também sabemos que esse período da cicatrização e retirada de pontos pode variar conforme a situação do paciente”, explica Alves.
A prótese que o atleticano vai receber faz a leitura do estímulo para abrir e fechar a mão com sensores de captam o movimento de agarrar objetos. O preço da prótese gira em torno de R$ 60 mil – um equipamento caro porque todo material é importado. Depois de confeccionada, a peça dura em média entre 15 e 20 anos.
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Vaquinha virtual
Além da ajuda do especialista em órteses, torcedores do Athletico organizaram uma campanha de doação para suprir as necessidades básicas dos custos do torcedor com remédios, tala, entre outras coisas. As doações estão sendo pedidas pelo Twitter e são feitas na conta da mãe do torcedor.
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