Testemunhas do confronto entre policiais e bandidos na manhã de quinta-feira (12), que terminou com dois mortos, informaram novos detalhes sobre a ação policial. Relatos indicam que pode ter havido adulteração do local da morte.

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De acordo com o capitão Krainski, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), um vizinho telefonou para o 190 pouco antes das 8h, informando do assalto na Rua Professor Kydd James Galleano. Enquanto o trio de bandidos selecionava o que iria roubar, a polícia chegou.O mais novo se entregou para policiais militares do 12.º Batalhão e foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente.

Os outros dois rapazes desceram correndo a Rua Lauro Malin, até o matagal cercado por um banhado. Equipes do Bope chegaram para ajudar na perseguição. Os dois fugitivos teriam atirado e foram baleados no revide. Ambulâncias do Siate estiveram no local e constataram que os dois já estavam mortos. Ambos aparentavam ter cerca de 25 anos e não portavam documentos. Um deles vestia blusa de moletom preta, camiseta preta, calça jeans e meias brancas, e o outro estava com moletom preto com detalhes em cinza e camiseta bordô.

Corpo é retirado do local antes da perícia

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Depois que os socorristas do Siate saíram do local, antes da chegada do Instituto de Criminalística, a ambulância subiu até a Rua Walfrido Ferreira de Andrade. Testemunhas garantem que viram um corpo ser colocado dentro da ambulância. A viatura então retornou para a Rua Lauro Malin, e um corpo coberto por um lençol apareceu às margens do matagal. Viaturas do Bope foram posicionadas em frente ao cadáver, bloqueando a visão da imprensa e dos curiosos.

Os socorristas foram embora sem falar com a imprensa. De acordo com o capitão Krainski, eles retornaram à Rua Lauro Malin apenas para pegar mais informações para o relatório de atendimento. Os corpos dos dois assaltantes foram recolhidos pelo IML por aquela rua.

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Testemunha

Uma testemunha relatou ao Paraná Online que os dois ladrões entraram na chácara da Rua Walfrido Ferreira de Andrade, seguidos pelos policiais. A mesma pessoa ouviu cerca de 14 tiros. “Mataram os dois no mato, tiraram um por aqui, o outro por lá (na Rua Lauro Malin)”, contou. Ela disse que viu o corpo do assaltante ser retirado pelos socorristas do Siate. Outra testemunha falou que “aconteceu uma coisa muito estranha”. Ela também afirmou que um dos bandidos estava na chácara e outro na Rua Lauro Malin.

O Paraná Online tentou obter informações sobre as armas que os bandidos portavam. O 12.º Distrito Policial, que atende a área, informou que as armas teriam sido recolhidas pelo Instituto de Criminalística e quem poderia saber mais seria a Delegacia do Adolescente. Esta, por sua vez, disse que, com o menor apreendido, estava apenas um simulacro de arma de fogo (arma de brinquedo) e devolveu a responsabilidade das armas dos ladrões ao 12.º DP. Segundo o Instituto de Criminalística, mais informações sobre as armas poderão ser obtidas somente nesta sexta-feira (13).

A assessoria de imprensa da Polícia Militar afirmou que não houve adulteração da cena do crime. Segundo o Bope, o local onde os corpos estavam era difícil acesso e o Siate apenas auxiliou a “puxar os corpos um pouco para cima, para ajudar a levar”, se referindo ao recolhimento dos cadáveres pelo IML.

Veja na galeria de fotos os policiais.