O avanço do novo coronavírus pelo país em meio às orientações para higienizar as mãos causou uma corrida em busca de álcool gel. Encontrar um frasco pequeno já é motivo de comemoração para muita gente. No entanto, receitas milagrosas acabam chegando rapidamente pela internet e são perigosas.
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Em alguns casos, a manipulação pode colocar a saúde das pessoas em risco, segundo o Conselho Federal de Química (CFQ). Conforme a entidade, além da falta de segurança e eficácia, a prática contraria a legislação. A maioria das receitas compartilhadas na internet traz o álcool líquido concentrado como ponto de partida e, depois, inclui itens como gel de cabelo, gelatina incolor e outras substâncias. “Quando se utiliza álcool líquido em elevadas concentrações, aumenta-se bastante o risco de acidentes que podem provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas. Além disso, a depender do que se utiliza como espessante, ao invés de eliminar microrganismos pode-se potencializar sua proliferação”, alerta o CFQ.
Segurança em primeiro lugar
Os produtos industrializados passam por rígido controle na produção, com padrões, diferentemente de receitas e métodos caseiros que não seguem procedimentos essenciais de segurança. Marco Fiaschetti, diretor executivo da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmaq), acredita que fazer o produto em casa é completamente descabido. “Nunca tentem fazer em casa. Vimos receitas com gel de cabelo, gelatina e até amido de milho. Para obter a concentração adequada, estabilidade, segurança e eficácia é preciso ter condições técnicas, matéria prima adequada e equipamentos, que só as farmácias e a indústria possuem”, relatou Marco.
Na falta do álcool gel, a recomendação das autoridades em saúde é usar água e sabão, que também removem os microrganismos da pele.
Como prevenir a contaminação por coronavírus
- Lavar as mãos com frequência/ ou utilizar álcool 70%, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter ambientes bem ventilados, evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
- Pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, preferencialmente com lenços descartáveis, e depois lavar as mãos).
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