Litoral

Tartarugas são salvas por moradores de Antonina que denunciam crime ambiental

Foto: Jorge Prado/Colaboração

Duas tartarugas foram resgatadas por um morador de Antonina, no Litoral do Paraná, na tarde de domingo (18). De acordo com testemunhas, um pescador trouxe os animais em seu barco e os abandonou perto da costa. Ao ver o sofrimento das tartarugas que estavam atolando e quase não conseguiam se mexer, um morador da região as levou de volta ao mar, porém, uma delas estava bastante debilitada e morreu antes de ser libertada.

“Cansamos de cortar as redes e soltar os animais, seja tartaruga, boto ou arraia. Peixes pequenos também são soltos. Já ajudei a salvar esses animais. O pescador que recolhê-los ou deixá-los morrer deve ser punido. Eles costumam vir até perto da costa para dar cria e vão embora. Já vi alguns pescadores matando, mas não pude fazer nada”, comentou José Lourenço Pereira, que  mora e trabalha em Antonina há 18 anos.

“Aqui o pessoal rouba palmito, assalta residência e ninguém vem para nos proteger. Crime ambiental é comum. Os pescadores jogam tartaruga, arraia perto da costa que depois morrem e os pássaros aparecem para comer a carcaça. A fiscalização é que nunca da as caras. Antonina está abandonada, acontece pesca predatória e ninguém está tomando providências”, relatou outro morador, que pediu para não ter o nome divulgado.

Lei ambiental

Promover distúrbio na rotina ou no ambiente em que vivem animais selvagens é considerado crime ambiental, previsto na Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998. A legislação prevê sansões e penas que vão da detenção de um a três anos, mais multa, para captura, matança, coleta de ovos e distúrbios de habitat da fauna silvestre.

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