Entre estudantes de uma escola pública do Centenário, no Cajuru, e familiares, circula o comentário que tarados vêm assediando alunas, na entrada e saída das aulas. Segundo o relato de moradores, pelo menos duas garotas já foram abusadas recentemente, entretanto, a polícia e funcionários da escola se negaram a comentar as denúncias.

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Investigadores do 6.º Distrito Policial informaram ter registrado a queixa de abuso contra uma menor na última semana e repassaram o inquérito ao Núcleo de Proteção às Crianças e aos Adolescentes Vítimas de Crimes (Nucria). Procurados pela reportagem, policiais e delegados do Nucria não quiseram fazer qualquer comentário sobre assunto, alegando que os casos investigados pelo núcleo estão “sob segredo de Justiça”.

Enquanto as respostas não aparecem, a sensação de insegurança continua entre pais e familiares das garotas. “Anteontem, a minha sobrinha chegou em casa ofegante, porque um rapaz de bicicleta vermelha a perseguiu na rua. Fui nas proximidades do colégio e vi o sujeito perambulando com a bicicleta, mas ele fugiu. Existe o comentário na vila que, um dia antes, uma menina, de 10 anos, foi abusada em um terreno baldio”, contou José Dbrusch.

Masturbação

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Estudantes comentaram que, há alguns dias, um grupo de amigas foi perseguido por um veículo na saída da escola. Elas correram, mas teriam sido encurraladas por outro veículo. Dentro havia um rapaz que, segundo elas, fez questão de mostrar que estava se masturbando.

De acordo com parentes das adolescentes, foi feita queixa na polícia, mas como as delegacias responsáveis se negaram a dar informações, ainda não se sabe se o episódio é investigado ou se alguma providência está sendo tomada para garantir a segurança das estudantes. Depois que esse comentário circulou entre os alunos, alguns pais começaram a se revezar na busca das filhas ao termino da aula.

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Mira

Não são apenas as estudantes que estão na mira dos tarados. Até mesmo as moças que trabalham em comércios da região estariam sofrendo assédios violentos. “A atendente de uma padaria perto da escola ficou vários dias sem aparecer para trabalhar depois que foi abusada. As moças têm vergonha de denunciar”, comentou uma moradora, que preferiu não ter o nome divulgado.

Segundo ela, a conversa de que tarados estariam agindo na região já chegou à Vila Trindade, onde algumas garotas também teriam sido perseguidas. “A polícia não passa nem perto da escola, assim os casos vão se avolumando. Existe clima de medo generalizado entre as meninas”, disse Cristina, irmã de uma garota que estuda na escola.