Um pedreiro foi preso, suspeito de estuprar um menino de 10 anos, três vezes em menos de 24 horas. Segundo a polícia, o garoto foi abordado por Sílvio Franco, 45 anos, enquanto brincava numa praça do Cajuru, em 12 de janeiro. Na manhã de ontem, policiais do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), prenderam o pedreiro na casa dele, em Almirante Tamandaré. Sílvio lutou com investigadores, mas foi detido. Ele vestia a camiseta de uma campanha contra exploração sexual de menores nas estradas.

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A delegada Sabrina Barreiros Alexandrino, do Nucria, ficou impressionada com a ficha criminal de Sílvio, que já foi preso por estupro, homicídios, roubos e furtos na região de Curitiba. “Pelo sistema da Polícia Civil, consta que ele estava em liberdade. Porém, a gente se pergunta como conseguiu progressão de regime com tanto crime”, questiona a delegada.

Oferta

O menino brincava, de tarde, na praça com um amiguinho, quando o tarado se aproximou. Ele ofereceu R$ 100 para que as crianças o ajudassem a amarrar um cavalo. Um dos meninos aceitou e subiu na moto do pedreiro. A partir daí, o menino passou momentos de terror.

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Conforme apurado pelo Nucria, Sílvio estuprou a criança em um terreno baldio. Em seguida, levou o menino à casa da irmã, na região metropolitana, onde mais uma vez o violentou. “Sílvio disse que o garoto era seu afilhado. O menino foi obrigado a pernoitar ali”, contou Sabrina. Quando amanheceu, o maníaco obrigou o garoto a subir na garupa da moto e o levou para outro terreno baldio, onde pela terceira vez o estuprou.

Ônibus

No final da manhã, a vítima foi liberada num terminal de ônibus. O pedreiro ainda deu dinheiro para que ele voltasse para casa. “Depois de pegar três ônibus, o garoto conseguiu chegar à residência”, contou a delegada. A vítima foi levada para o Hospital Pequeno Príncipe, onde ficou internada por alguns dias. Ele também recebeu atendimento psicológico do hospital e do Nucria.

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Sílvio foi reconhecido pelo menino e foi preso por sequestro e estupro. “A criança também reconheceu por foto a casa onde foi violentada”, disse. Segundo a delegada, Sílvio é amasiado e preferiu se manter em silêncio.

Denúncia

Com o registro dos boletins de ocorrência do desaparecimento e estupro, o Nucria começou a investigar o caso. Uma moradora de Colombo denunciou que estava perto do filho, quando ele foi assediado pelo mesmo criminoso e anotou as placas da moto do suspeito. “Ela disse que o filho foi abordado por um homem que usou o mesmo argumento, de amarrar o cavalo”, contou a delegada Sabrina. Pela placa, a polícia chegou ao endereço de Sílvio.

Sabrina contou que o homem era conhecido no Cajuru e estima que ele tenha feito mais vítimas. O suspeito tinha preferência por meninos, segundo a polícia.