Uma agressão sofrida pela mulher foi o motivo da morte Claudinei Cardoso dos Santos, de 37 anos, que vivia com ela. O homem foi encontrado morto nesta terça-feira (12) pela manhã, na Rua Francisco Baggio, próximo à Embrapa, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Quatro jovens foram presos suspeitos do crime e um está foragido.

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Segundo o delegado Reinaldo Zequinão Neto, dois suspeitos apontaram aos policiais militares onde o corpo estava. Os outros dois foram encontrados depois por uma equipe da Delegacia do Alto Maracanã. Conforme informou a Polícia Civil, os quatro presos confessam o crime.

De acordo com a polícia, na segunda-feira (11), a mulher, cansada das agressões e com medo, registrou queixa na delegacia e pediu uma medida protetiva. “Horas depois, os rapazes, que conheciam a família, foram até a casa e sequestraram Claudinei”, contou o delegado.

Aos policiais, os rapazes disseram que a intenção era mata-lo, mas que de tanto apanhar ele acabou morrendo e eles abandonaram o corpo. “Em alguns momentos, eles entram em contradição, mas, quando foi encontrado, Claudinei tinha marcas de queimado, pois tentaram até atear fogo ao corpo”.

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Era um susto

O homem vivia com a mulher há pouco mais de dois anos e, segundo a polícia, as agressões eram constantes. Um dos suspeitos era namorado de uma das filhas dessa mulher. “Ela que correu até a gente e pediu ajuda, porque ele tinha ido pra cima da mãe dela e faria alguma coisa. A nossa intenção não era nem bater nele, mas sim conversar e dar um susto pra ver se ele parava com as agressões. Como ele reagiu, veio pra cima da gente com um facão, nós nos defendemos e aconteceu isso”, disse Gabriel Domingos da Silva, de 19 anos, que afirmou não estar arrependido.

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Ainda segundo o rapaz, nenhum deles ateou fogo em Claudinei. “Nós o deixamos vivo. Deixamos longe de casa para que a mulher tivesse tempo de procurar a polícia e se proteger, mas ele estava vivo. Quando voltamos, com a PM, o corpo estava queimado. Não fomos nós”.

Indagado se ele estaria arrependido, Gabriel, o único dos suspeitos que se manifestou sobre o crime à imprensa, disse que não. “Nós não o matamos. E o que ele fez com uma mulher não pode ser feito. Eu não me arrependo e faria de novo se fosse pelo mesmo motivo”.

A mulher, de acordo com o delegado, foi ouvida na delegacia, mas pelo menos a principio não tem nada a ver com o crime. “Depois que ela registrou a queixa, os dois brigaram e ele disse que dormiria no carro. Ela contou que se assustou quando viu a movimentação na frente de casa, mas como Claudinei tinha problemas com as drogas, ela pensou que poderia ser isso, algum acerto, por isso se trancou em casa”, explicou Reinaldo Zequinão Neto. 

Foragido

Além de Gabriel, foram presos também Lucas da Silva Gomes, de 21, João Henricke de Souza, de 20, e Wesley Vitor de Oliveira Mendes, 21. O quinto suspeito, identificado como Marcelo Henrique Santos, não foi encontrado e é considerado foragido. A suspeita dos policiais é de que Marcelo esteja no litoral do Paraná.