Chacina

Suspeito de matar quatro alega que havia sido sequestrado

A Polícia Civil de Quatro Barras fez na tarde desta quarta-feira (1) a reconstituição de uma chacina em que quatro homens foram mortos a tiros e um quinto sobreviveu, no começo de maio. O principal suspeito do crime, Alex Galvão Otto, 25 anos, alega que foi levado pelo grupo pra ser executado. Ele diz que conseguiu reagir quando um deles derrubou uma das armas.

“Era eles ou eu”, afirmou Alex. Ele disse que estava em uma casa no bairro Planta Deodora, no dia 8 de maio, quando foi levado pelos cinco homens, que disseram que, se o suspeito nada devesse, nada aconteceria.

O rapaz foi levado em um Gol branco até uma estrada de terra e deserta, em Quatro Barras. Ele foi no banco de trás com dois homens e os outros três na frente. Segundo o suspeito, durante todo o percurso foi espancado e levou coronhadas do grupo. Ele disse ter visto três armas no carro.

Alex conta que, em determinado momento, um dos homens derrubou a arma no chão do Gol. Foi quando ele percebeu a oportunidade: rapidamente pegou o revólver calibre 38 e atirou nos cinco. Três deles morreram no local. Um deles, mesmo ferido, andou um longo percurso pra pedir ajuda. Um quinto foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Jhony de Camargo Ambrosio, 27 anos; Josnei Machado, 33; Maicon André Alves de Avelar Maciel, 28; Edilson Farias, 28, foram as vítimas fatais. David Willian, 18, foi o único que sobreviveu.

Confissão

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Haroldo Davison, alguns dias após a chacina, Alex foi identificado como autor, e a polícia informou os familiares que ele estava sendo procurado. Cerca de dez dias após os assassinatos, o suspeito se apresentou na delegacia e deu sua versão.

O delegado afirma que os cinco homens que foram atrás de Alex integravam uma quadrilha que praticava diversos crimes na vila e que foram atrás do suspeito porque acreditavam que ele estaria querendo tomar o ponto de tráfico de drogas do grupo.

Versão condizente

Segundo o perito Silvestre, do Instituto de Criminalística, a reconstituição feita nesta quarta mostra que a versão de Alex é condizente com o que aconteceu no dia da chacina. Mesmo assim, o próprio perito se disse espantado com o fato de apenas um rapaz ter baleado cinco pessoas sem ficar ferido.

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