Maior e mais brilhante

Superlua ganha o céu nesta segunda-feira; Veja o horário e se poderá ser vista em Curitiba!

superlua
Lua cheia. Foto: Lineu Filho / Tribuna do Paraná

No ano passado, na noite do dia 7 de maio, a lua cheia aliviou um pouco o tédio do isolamento social da pandemia de novo coronavírus. Quase um ano depois, nas noites desta segunda-feira (26) e terça-feira (27), o satélite natural da Terra voltará a iluminar o céu de uma forma especial nos horários entre 18h e 18h40.

É a volta da chamada popularmente de Superlua, que ocorre quando o satélite chega mais perto do nosso planeta e salta aos olhos no céu até 14% maior e quase 30% mais brilhante do que o comum. Esta é uma das maiores aparições do satélite natural neste ano. 

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“Este é um fenômeno bem comum que acontece de duas a três vezes por ano e varia de acordo com a posição da Lua em sua órbita”, explica o diretor do Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Curitiba, Anisio Lasievicz. A superlua já apareceu neste ano em fevereiro e março, chamada respectivamente de Lua da Neve e Lua das Minhocas.

Significado da Lua Rosa

Já perto do início do mês de maio, a superlua é batizada de Lua Rosa em homenagem às flores rosas esmeraldas (de nome científico Phlox subulata) que se espalham rasteiramente pelos campos da América do Norte, depois do frio do inverno. Lembrando que no hemisfério norte este é o início da primavera. Por outro lado, esta superlua também pode ser chamada de Lua da Grama, símbolos que remetem ao início da primavera por lá.

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Com todos seus nomes especiais, a superlua rosa hipnotiza pela sua grandeza no céu. E isso acontece porque ela segue uma órbita elíptica. “A lua fica a cerca de 385 mil km da Terra, mas hoje ela fica mais próxima, a 357 mil km”, explica o diretor do Parque da Ciência. Parece pouco, mas essa “pequena diferença” de 20 mil km equivale a quase duas vezes o diâmetro do nosso planeta. 

Superlua em Curitiba: vai rolar?

A superlua pode ser vista em todo o planeta nesta terça, podendo ser observada a olho nu, sem a necessidade de algum equipamento especial. Porém, quem mora em Curitiba e região pode ter dificuldades de visualizar a lua nesta noite. Segundo a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a noite deve ser de nebulosidade variável, inclusive com indicação de um pouco de chuva na região da capital. De acordo com a meteorologia, para quem deseja ver a Superlua, o mais indicado seria se dirigir para a região mais ao noroeste do Paraná. Também seguir em direção a Ponta Grossa, nos Campos Gerais, pode ser uma opção.

O fotógrafo e produtor de vídeos Sérgio Mendonça Júnior, apaixonado pelas astrofotografias, costuma se empolgar com a aproximação entre a lua e a Terra. Mesmo com o céu com chance de estar encoberto, Mendonça deve seguir até Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, para conseguir uma foto. “Desde o domingo (25), a superlua já está aparecendo. A terça será o dia em que ela estará mais próxima da Terra, por volta das 15h, mas será visível quando o sol se puser. Como entre a segunda-feira e a terça, para nós, a diferença de distância não chega a ser notada a olho nu, serão praticamente dois dias de superlua”, explica.

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Sérgio Mendonça é natural de Regente Feijó (SP), depois foi morar em Porecatu e chegou a Curitiba em 1975, quando o pai, que era bancário, foi transferido para a capital. Além da astrofotografia, Mendonça pesquisa e desenvolve equipamentos fotográficos modificando câmeras para fotografia infravermelha, ultravioleta e fullspectrum. E realiza trabalhos experimentais com fotografias em espectro além do visível.

Como já contou à Tribuna do Paraná, nos últimos dois anos, uma parceria com o Hotel Fazenda Cainã, em São Luiz do Purunã, cidade de Balsa Nova, na região metropolitana de Curitiba, permitiu a realização de um sonho de Mendonça: a construção de um observatório astronômico para realização de astrofotografias e divulgação de conhecimento da astronomia para os visitantes.  

Confira a lista completa das superluas cheias do ano:

Lua do Lobo (janeiro) – ganhou esse nome dos índios americanos por causa dos uivos dos lobos.

Lua da Neve (fevereiro) – o nome é por causa das nevascas nesta época do ano no hemisfério norte.

Lua das Minhocas (março) – é o início do fim do inverno no hemisfério norte, quando minhocas surgem no solo.

Lua do Ovo (Abril) – o nome está relacionado ao período da desova dos peixes no Hemisfério Norte.

Lua Rosa (maio) – o nome está relacionado à primavera no hemisfério norte, a estação das flores.

Lua do Morango (junho) – neste período é a colheita de morangos nos Estados Unidos.

Lua do Feno (julho) – neste período é a colheita do feno que alimenta os animais no hemisfério norte.

Lua do Peixe (agosto) – neste período começa a pesca do esturjão nos lagos dos Estados Unidos.

Lua da Fruta (setembro) – neste período começa a colheita das frutas no hemisfério norte.

Lua do Caçador (outubro) – nesta época do ano caçadores iam pras florestas garantir carnes para o inverno.

Lua do Castor (novembro) – os castores começam a concluir suas tocas nos rios para sobreviverem ao inverno.

Lua Fria (dezembro) – marca a chegada de fato do frio no inverno, com noites mais longas.

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