Um policial civil sozinho conseguiu evitar a fuga de pelo menos seis dos 38 presos que estavam na carceragem da Delegacia de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A ação dos detentos foi na madrugada desta terça-feira (9), por volta das 3h, e eles chegaram a ter acesso à sala do plantão onde o policial estava.
De acordo com o delegado Messias Antônio da Rosa, os presos conseguiram retirar a porta de ferro e romperam a grade de proteção. “Usando a porta como uma ferramenta, eles bateram várias vezes contra a parede e abriram um buraco de aproximadamente dois metros”, contou.
Com o buraco aberto, seis presos saíram da cela e foram em direção ao plantão da delegacia, onde o investigador trabalhava. O policial, sozinho, precisou agir rapidamente para evitar a fuga. “Ele efetuou um disparo, que acertou um dos presos, e os outros resolveram voltar para a cela”.
O policial chamou a Polícia Militar (PM) e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, para prestar apoio à situação. Os socorristas do Siate também foram chamados e socorreram o preso. O rapaz foi encaminhado ao Hospital Angelina Caron.
Esgotados
Conforme o delegado, 38 presos dividem espaço num local destinado para, aproximadamente, oito detentos. Na delegacia de Campina Grande do Sul, assim como em muitas outras de todo o Paraná, os policiais civis estão esgotados e continuam fazendo o trabalho que não lhes cabe: a guarda de presos.
No começo do mês, os policiais civis fizeram um dia de paralisação e o motivo era o mesmo que quase levou a fuga nessa madrugada: a guarda dos presos. “Nós temos um auxiliar de carceragem. Mas ele fica durante o dia e também não poderia trabalhar 24h por dia. Aqui, os policiais continuam tendo que fazer o mesmo trabalho de sempre”, explicou Messias.