A passagem em sequência de frentes frias pelo Litoral do Paraná nos últimos meses aumentou o número de encalhes de animais marinhos na região. De maio até esta sexta-feira (23) foram 670 espécies encalhadas nas praias do estado, 15% a mais do que o mesmo período de 2018, quando foram registrados 580 salvamentos.
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Os dados foram divulgados pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que acompanha a vida aquática nos balneários paranaense em parceria com o Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). No cálculo, entram lobos-marinhos, golfinhos, aves oceânicas e costeira, pinguins e também tartarugas – muitas das quais podem ter sido mutiladas vivas para a retirada da musculatura e do casco.
O informe divulgado nesta sexta não detalha quantos dos 670 animais foram resgatados com vidas e quantos já voltaram ao ambiente aquático. No entanto, o projeto explica que a principal causa dos encalhes são os ventos intensos que sopram em direção à costa litorânea em dias de atuação de frentes frias. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 18 frentes frias passaram pelo Litoral desde maio, potencializando a aparição dos animais.