A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) concluiu apresentou nesta quarta-feira (1.º) o resultado da sindicância que investigava a origem do e-mail racista encaminhado para o vereador Renato Freitas (PT), ameaçado de cassação. O e-mail com as ofensas foi recebido por Freitas no dia 9 de maio, e teria vindo com o nome da conta do vereador Sidnei Toaldo (Patriota), que é relator no processo de cassação. A investigação apontou que o e-mail não saiu dos servidores da CMC.
Segundo o documento apresentado pela corregedoria da CMC nesta manhã de quarta, a investigação aponta “com total certeza que a mensagem apresentada foi forjada para simular o envio utilizando a estrutura de webmail da CMC”. A corregedoria é representada pela vereadora Amália Tortato (Novo).
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Ainda conforme a conclusão da sindicância, pelo final do domínio do e-mail, a CMC concluiu que o disparo foi feito por um serviço de e-mails anônimos, hospedado na República Tcheca. “O IP é da região da Europa e o fuso horário registrado pelo servidor que enviou o e-mail é o CEST, horário padrão da Europa Central”, diz o texto do documento apresentado pela corregedoria. A investigação teve o apoio da equipe e de tecnologia da CMC e da Polícia Civil.
Entenda o caso
Após o recebimento do e-mail racista por Renato Freitas, uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou que a votação do processo de cassação em plenário fosse suspensa, até que a sindicância sobre a origem do e-mail fosse concluída. A defesa de Freitas conseguiu uma liminar para suspender a votação de cassação do mandato, depois que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deu parecer favorável pela cassação e o pedido foi encaminhado para a pauta da casa.
O vereador tinha, inclusive, um pedido de anulação do processo por quebra de decoro ético disciplinar na CCJ, o que foi arquivado.
Mesmo com a conclusão da sindicância do e-mail, ainda não há decisão formalizada na Justiça sobre a continuidade ou não da votação em plenário do processo de cassação. A sessão de julgamento segue suspensa.