Economia

Shoppings apresentam plano para quando governo liberar a reabertura

Foto: Fernando Zequinão / Gazeta do Povo / Arquivo

A Associação Brasileria de Shopping Centers (Abrasce) anunciou uma série de medidas para a reabertura dos estabelecimentos na medida em que os governos estaduais e municipais forem liberando o funcionamento do comércio durante a pandemia do coronavírus, o que ainda não tem data para acontecer na maior parte do Brasil. O planejamento da Abrasce prevê a abertura de shoppings com uma série de ações, como restrição a cinemas e a atividades de entretenimento e para crianças.

No Paraná, o governador Ratinho Jr publicou decreto essa semana determinando que a reabertura de serviços não essenciais, como shoppings e academias, só vai acontecer mediante avaliação técnica da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

Glauco Humai, presidente da associação, apontou que espera retorno do poder público e baseou o protocolo em medidas anunciadas em outros países. “A gente usa a Alemanha como referência. Temos observado os Estados Unidos, a Ásia, então se os governos sentirem espaço para abertura dos comércios, nós conversamos com alguns setores, bares e restaurantes, e ainda com pessoas da saúde para entender a efetividade da doença”, disse Humai.

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O protocolo de reabertura divulgado pela Abrasce pede que não sejam promovidos eventos de reabertura dos shoppings e que continuem suspensas quaisquer atividades que possam atrair grande número de pessoas. O funcionamento ainda é colocado com horário reduzido e retomada gradual das atividades.

As máscaras também são colocadas como obrigatórias, com a determinação para que funcionários, lojistas, consumidores e frequentadores as utilizem. Aferição de temperatura de clientes, aumento na frequência de desinfecção das áreas públicas, suspensão do sistema de valet e controle de acesso respeitando distanciamento são outras das medidas propostas.

Data de reabertura

A Abrasce aponta que não estipula uma data para a reabertura dos shoppings, deixando a decisão para os órgãos de saúde e governamentais. “Quem tem que tomar essa decisão baseada em estatísticas e dados científicos é o poder público. O que podemos fazer é passar dados para a retomada e nos colocarmos à disposição para auxiliar no que for preciso”, afirmou Humai.

O Brasil tem 577 shoppings centers, dos quais 60, pouco mais de 10% do total, estão abertos em 35 municípios, segundo levantamento da associação.

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Em estados como Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, os locais estão fechados desde meados de março, sem previsão de retorno. Já outros, como Santa Catarina, relaxaram as medidas de isolamento social na semana passada e permitiram a reabertura dos estabelecimentos.

Pedido ao poder público

A Abrasce ressaltou um pedido para que o poder público olhe para os lojistas com atenção em meio à crise econômica ocasionada pela pandemia. Para o presidente da associação, parte dessa necessidade de reabrir o comércio o fato de que as medidas de socorro e auxílio do poder público não estão chegando na velocidade e intensidade necessária aos comerciantes.

“Fizemos uma série de demandas ao poder público que não estão sendo atendidas. Se passaram quase dois meses e lojistas não têm acesso a crédito, precisam pagar IPTU e taxas municipais. É uma incoerência dentro da realidade caótica que estamos vivendo”, disse Humai.

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Para ele, se o governo, nos três níveis -municipal, estadual e federal- passasse mais tranquilidade aos proprietários de shoppings centers, os lojistas teriam mais tranquilidade para agir em meio à pandemia.

“Temos planos de reabertura, mas o que pedimos não é necessariamente a reabertura. Essa decisão é do poder público, só pedimos para participar. O poder público nos chama, nos ouve, explica a situação e as referências. Entendemos que a decisão de abrir deve ser trabalhada e estudada para não ser agravante no momento de crise”.


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