A ação de vândalos prejudica motoristas em um dos pontos mais movimentados do bairro Campina do Siqueira, em Curitiba. Os semáforos entre a Rua Major Heitor Guimarães com a Rua Pedro Viriato Parigot de Souza acabaram virando motivo de reclamação para a Prefeitura de Curitiba, devido ao congestionamento diário na região que faz ligação com inúmeros bairros e com a BR-277, rumo ao interior do Paraná.
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A formação de filas e os transtornos para os condutores são percebidos ao longo do dia, mas nos horários de pico, a lentidão atrapalha o trânsito e muda a rotina das pessoas. Mesmo com muitos veículos na rua, a ideia da prefeitura nos trechos de vias rápidas e com várias faixas de movimentação, é permitir que o pedestre também tenha uma forma de brecar os carros. A partir disso, foram colocadas botoeiras nos semáforos, equipamento em que a pessoa aperta e alguns segundos depois, o sinal fecha para os veículos.
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Instaladas em 2015, as botoeiras inteligentes ajudam pessoas idosas ou mesmo com deficiência visual a atravessar a rua com segurança. Números oficiais do Batalhão de Polícia de Trânsito do Paraná (BPTran) relatam uma queda de 80% em atropelamentos em faixas de pedestres que possuem o sistema que orienta as pessoas por sinais sonoros e proporciona tempo maior de travessia.
Vandalismo
Na Major Heitor Guimarães com a Pedro Viriato Parigot de Souza existia a botoeira, mas ela foi vandalizada. Vagner dos Santos, 40 anos, motorista de ônibus, notou que alguma coisa estava errada com o tempo do semáforo, pois neste local, o pedestre tem um tempo maior para atravessar, em comparação com a média de outros pontos na cidade, que chega aos 15 segundos.
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“Fui ali e descobri que colocavam uma pedra no botão para o pedestre, ou seja, fechava toda hora o sinal. Acredito que são aqueles ‘prateados’ que fazem mímica, que querem terminar a apresentação e ter tempo para ganhar um dinheiro dos motoristas. Tinha marca cinza no equipamento que tinha sido quebrado”, diz Vagner, que formalizou o problema para a prefeitura pelo 156.
Com a botoeira quebrada, a prefeitura fez a troca por um equipamento mais moderno, em que o pedestre passa a mão próximo ao sensor. Mas não deu certo, e o sistema foi novamente vandalizado. “Já teve a botoeira, sensor, botoeira de novo e no dia 22 de junho passou a ser automático”, informou o motorista de ônibus.
Sobre o vandalismo em botoeiras, em 2022, 45 equipamentos foram danificados em Curitiba. Em 2023, até agora, foram 24 no total. Somente no cruzamento das ruas Major Heitor Guimarães e Pedro Viriato Parigot de Souza, de novembro de 2022 até agora, 28 boteiras foram danificadas.
E aí, prefeitura?
Em nota, a Superintendência de Trânsito (Setran) esclareceu que o tempo de travessia dos semáforos para os pedestres é variável em cada cruzamento da cidade e decorre de um cálculo, que leva em conta questões como a largura da via e o fluxo de pedestres no local. Antes da instalação e programação de cada equipamento, é feito um estudo do cruzamento.
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Quanto ao cruzamento das ruas Major Heitor Guimarães e Pedro Viriato Parigot de Souza, a Superintendência informou que fez algumas alterações recentes na programação semafórica para melhorar a fluidez no local.
“Cabe salientar que em horários de pico há um alto fluxo de veículos, o que pode ocasionar pontos de lentidão, assim como em outras regiões da cidade. Em relação aos congestionamentos, são feitas análises constantes em toda a cidade e a implantação de melhorias como ajustes nas programações semafóricas, binários, alterações de sentido, entre outros”, comunicou a nota.
Sobre a questão de vandalismo e furto de botoeiras, a Setran explicou que existem estudos de engenharia em andamento, que buscam alternativas para inibir ou dificultar o acesso aos equipamentos, inclusive com a pesquisa de diferentes materiais que possam ser menos atrativos nos casos de furto. O órgão mantém ainda diálogo constante e ações integradas com órgãos de segurança no intuito de prevenir e coibir essa prática.
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