Instaladas em 2015, as botoeiras inteligentes em semáforos de Curitiba estão salvando vidas. Números oficiais do Batalhão de Polícia de Trânsito do Paraná (BPTran) relatam uma queda de 80% em atropelamentos em faixas de pedestres que possuem o sistema que orienta as pessoas por sinais sonoros e proporciona tempo maior de travessia.

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O equipamento produzido pelo Dataprom, empresa curitibana responsável por inúmeros serviços para o transporte público da capital, foi implementado há quase sete anos. Na época, a prefeitura anunciou que pretendia instalar 120 semáforos “inteligentes” em 31 pontos da cidade, acionados por pessoas portadoras do cartão de passagens de idoso e de pessoa com alguma dificuldade de locomoção. Hoje em dia, são 160 botoeiras em 43 cruzamentos.

Para a realização do projeto, a prefeitura fez, em 2013, uma pesquisa com 400 pedestres idosos em vários cruzamentos. Os dados levantados serviram de base para o aumento de tempo em muitos semáforos de pedestres e também, para o cálculo do tempo de abertura dos semáforos especiais para pessoas com mobilidade reduzida. O primeiro equipamento foi instalado na Praça Ouvidor Pardinho, no Centro, no dia 14 de abril de 2015.

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Com esta tecnologia, a pessoa aproxima o cartão ao lado do semáforo que possui o aparelho e logo o sinal se fecha para o motorista. Quando fica verde para o pedestre, um sinal sonoro avisa que é seguro atravessar, com um tempo de 50% maior para chegar no outro lado da rua.

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Jaílson Felisbino, diretor comercial da Dataprom, reforça que o sistema é atualizado diariamente para proporcionar segurança para a população. “Dados comprovam que 70% dos atropelados na faixa de pedestre eram pessoas com necessidades especiais ou idosos, ou seja, o tempo de travessia era insuficiente para atravessar a rua. Com o equipamento, é possível identificar quem tem mobilidade reduzida. Essas pessoas precisam de 30% a mais para atravessar que os outros. Obtivemos resultados imediatos”, comentou Jaílson.

“Dados comprovam que 70% dos atropelados na faixa de pedestre eram pessoas com necessidades especiais ou idosos”. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Números que salvam vidas

Com quase sete anos de operação do dispositivo, foram registrados 45 atropelamentos nesses pontos da cidade. Mas as quantidades estão caindo ano a ano, sendo que desde 2019, a média ficou em seis ocorrências por ano. “Essa queda superior a 80% nos atropelamentos comprova a eficiência do produto e a travessia é segura. Essa tecnologia levou conforto e qualidade de vida ao curitibano. A aceitação no mercado é boa e tem resultado imediato”, valorizou Jaílson.

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