Audiência pública

Sem a prefeitura, corte polêmico 237 árvores em avenida de Curitiba é discutido

trânsito em Curitiba com as árvores que podem ser cortadas ao fundo.
Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

O polêmico assunto do possível corte de 237 árvores na Avenida Presidente Arthur da Silva Bernardes, em Curitiba, resultou em uma audiência pública, na noite de terça-feira (14), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Moradores dos bairros Seminário e Vila Izabel, autoridades e simpatizantes da causa ambientalista conversaram por mais de duas horas. Nenhum representante da Prefeitura de Curitiba esteve presente.

Segundo Délcio Casagrande, presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Seminário e Vila Izabel, a audiência foi importante para o entendimento do projeto e novos esclarecimentos.

“Foi uma reunião proveitosa e com muitos dados importantes esclarecidos. São dois abaixo-assinados com mais de cinco mil assinaturas. A ideia agora é formalizar o documento na Câmara, para que a prefeitura entenda que o projeto vai precisar ser repensado ou mesmo que se faça uma ação judicial conjunta”, disse Délcio, que esteve na Câmara.

Imagem mostra pessoas reunidas na Câmara de Curitiba.
Reunião sobre o corte de árvores da Arthur Bernardes ocorreu sem a presença da prefeitura de Curitiba. Foto: Colaboração.

Questionado sobre a ausência de um representante legal da prefeitura na audiência, o presidente do Conseg relatou que essa questão foi comentada nos bastidores. “Não pegou bem, mas parece que pelo horário da audiência no período noturno, não existe essa obrigatoriedade. Uma pena, poderia ter sido detalhado mais sobre o projeto”, contou Delcio.

Com o resultado da audiência pública, decide-se na sequência, o que vai ser feito: que pode se transformar em um futuro Projeto de Lei, uma carta de intenções para a prefeitura ou mesmo, uma indicação ao Executivo.

Laís Leão, arquiteta e urbanista representando o movimento S.O.S. Arthur Bernardes, relatou que ouviu de vereadores que o movimento é “uma luta perdida”.

“Fomos entregar o abaixo-assinado a alguns vereadores e ouvi de vários que se trata de uma luta perdida, mas não acreditamos que seja, portanto estamos aqui para debater soluções para esse impasse”, disse. Laís destacou que 237 árvores serão cortadas apenas no Lote 1 da Avenida Arthur Bernardes, e outras 70 no Lote 5, totalizando mais de 300 árvores. “E há também outro aspecto não comentado pela Prefeitura, que é a impermeabilização de uma extensa faixa de solo. Depois, não podemos reclamar que a cidade está alagando. Uma tragédia anunciada”, afirmou a arquiteta.

Fala, Prefeitura!

A Prefeitura de Curitiba preferiu não comentar a ausência de representantes na Câmara. Em nota, reforçou que a Avenida Arthur Bernardes seguirá sendo um corredor verde e que o projeto do Novo Inter 2 contará com a retirada de árvores apenas com rígidos critérios técnicos, e com o plantio de no mínimo, o dobro de novas árvores que forem suprimidas.

“A Prefeitura de Curitiba esclarece que a Avenida Arthur Bernardes continuará a ser um corredor verde, referência em sustentabilidade na cidade. O município respeita e defende o meio ambiente. Como qualquer obra realizada em Curitiba, o projeto do Novo Inter 2 terá a supressão de árvores apenas com rígidos critérios técnicos e com o plantio de no mínimo o dobro de novas árvores que forem suprimidas. No projeto do Novo Inter 2, além da compensação obrigatória, estão sendo plantadas mais de 5 mil novas árvores, nos bairros adjacentes. A Prefeitura ressalta que a cidade precisa continuar evoluindo de forma planejada e sustentável, com um transporte público mais eficiente. O projeto do Novo Inter 2 representa esse avanço para a cidade”, diz parte da nota enviada para a Tribuna do Paraná.

A polêmica obra

Imagem mostra um ônibus ligeirinho em Curitiba com uma árvore que pode ser cortada em Curitiba.
Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

As obras do Novo Inter 2 iniciaram em novembro de 2023 e a previsão é de que a conclusão leve 18 meses. As obras viárias incluem terraplanagem, drenagem pluvial, pavimentação, paisagismo, rede de distribuição aérea e de fibra ótica, infraestrutura cicloviária e faixas exclusivas e preferenciais de transporte coletivo.

O projeto, também prevê a construção de um miniterminal do Santa Quitéria. Para a conclusão da obra, o maquinário teria que retirar árvores do caminho, situação de deixou moradores da região assustados. Além disso, especialistas em Meio Ambiente têm alertado que o corte das plantas resultaria em um impacto ambiental irreversível.

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