A tremedeira gerada pela passagem de ônibus e caminhões preocupa moradores da Rua Francisco Nunes, no bairro Prado Velho, em Curitiba. Eles reclamam que, por causa de uma saliência existente em um certo ponto da pista, suas casas correm risco, assim como objetos guardados dentro das residências, que chegam a quebrar em virtude do problema no asfalto. A comunidade já vem reclamando para a prefeitura de Curitiba há dois anos, mas até agora nada foi feito.
A moradora Priscila de Medeiros explica que diversas rachaduras apareceram em sua casa por causa da saliência no asfalto. “O ônibus sempre passa em alta velocidade na nossa rua. Como existem essas falhas, o veículo chega a pular antes de passar por aqui. Não tem estrutura que aguente uma situação como essa”, afirma. “A solução é simples, mas estamos com medo que algo mais grave aconteça antes”, diz.
A moradora Lenita Bugeno relembra que a saliência já deu muita dor de cabeça. “Já conversamos com a associação de moradores, já ligamos para o 156 e fomos na prefeitura. Nenhum desses caminhos parece trazer a solução. Basta uma nivelação com o asfalto para acabar com essa tremedeira”, reclama. “Na minha casa até os copos se quebraram dentro do armário após a passagem de um desses ônibus. É muito forte”, ressalta Medeiros.
Reparo
A prefeitura de Curitiba informou, após mandar técnicos ao local, que nessa altura da rua existe um córrego que deságua no Rio Belém. Por causa disso, foi constatado que não existe uma solução definitiva para os tremores, pois o subsolo da rua é oco nesse ponto.
No entanto, o órgão informou que ainda essa semana, dependendo das condições do tempo, mandará uma equipe para melhorar a saliência reclamada pelos moradores.
Ainda mais para a frente, também na Rua Francisco Nunes, os técnicos verificaram que raízes de árvores antigas estão causando outras saliências na pista, que podem causar solavancos nos veículos quando em alta velocidade.
Essa situação, no entanto, ainda não tem data para ser resolvida. Segundo a prefeitura, a região está incluída no cronograma do plano de arborização da capital para 2011.