PERÍMETRO URBANO

Saiba quais são as rodovias federais que mais registram mortes dentro de Curitiba

As rodovias federais do Paraná registraram 652 mortes em 2016, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Dessas, 43 ocorreram dentro do perímetro urbano de Curitiba, por onde passam a BR-116 (Contorno Leste), BR-277, BR-376 (Contorno Sul) e BR-476 (Linha Verde).

Conforme a PRF, boa parte dessas mortes é causada por atropelamentos e acidentes envolvendo motocicletas e bicicletas. “É uma característica do perímetro urbano. Tem mais pedestres cruzando a rodovia, tem mais ciclistas e motociclistas nas vias”, explica o policial rodoviário federal Fernando Oliveira.

Ao todo foram 17 atropelamentos, tipo de acidente que mais provocou óbitos nestes trechos das estradas, representando 39,5%. Entre as outras categorias de acidente, dez envolveram motocicletas e um foi uma colisão com bicicleta.

Mais mortes

Em números absolutos, os trechos com mais mortes são o Contorno Sul e a Linha Verde, cada um com 14 óbitos. Em ambos, os atropelamentos são a principal causa dessas mortes, sendo que foram sete no Contorno Sul e seis na Linha Verde. “A BR-376 tem um trecho de 14 quilômetros mais ou menos dentro de Curitiba e há uma passarela só”, avalia Oliveira, ao falar sobre os motivos que levam a esse tipo de acidente.

Ele diz, porém, que motoristas e pedestres também “são culpados”. “É comum os pedestres tentarem atravessar sem prestar atenção ou embriagados. E os motoristas muitas vezes estão com velocidade em excesso. As duas pontas contribuem”, afirma.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), órgão responsável pela infraestrutura rodoviária do país, existe um projeto para instalação de cinco novas passarelas na BR-376, além da construção de quatro passagens em desnível (viadutos ou trincheiras) com passagem para pedestre e outras intervenções. Contudo, não há previsão para realização de licitação ou para o início das obras.

A BR-116 registrou dez óbitos no período, quatro das quais vitimaram motociclistas. A BR-277, cujo trecho dentro do perímetro urbano é curto e se divide entre o trecho que vai o Litoral e o que liga Curitiba ao interior, teve cinco acidentes que resultaram em morte no período.

Na parte que leva ao Litoral, as duas mortes que ocorreram na rodovia estavam relacionadas ao excesso de velocidade. No trecho que vai ao interior, dois dos três acidentes com óbito também foram motivados por “velocidade incompatível”. De acordo com Oliveira, a velocidade é um problema, pois os motoristas costumam diminuí-la apenas quando há radar fixo.

Avaliando o número de mortes em relação à extensão do trecho, a rodovia mais perigosa é a BR-116, que teve 1,38 mortes por quilômetro. Em segundo lugar vem a BR-376 seguida pela BR-476. Os últimos lugares ficam com os dois trechos da BR-277.

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