O cancelamento do concurso da Polícia Civil (PCPR), na madrugada deste domingo (21), fez os corredores da Rodoviária de Curitiba ficarem lotados de candidatos, que tentavam voltar para suas cidades, desde o início da manhã. Ao todo, cerca de 106 mil pessoas de todas as regiões do país estavam na capital paranaense para o processo seletivo, que deveria acontecer durante esta tarde, em diferentes locais de Curitiba.
O mesmo concurso com 400 vagas para delegado de polícia, investigador e papiloscopista, que foi aberto em abril de 2020, já havia sido suspenso em junho do ano passado, por conta da pandemia de novo coronavírus.
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Vindo de Brasília (DF) especialmente para fazer a prova, o motorista de aplicativo Fabio Vinícius dos Santos, 30 anos, estava entre os candidatos que aguardavam sem sucesso, para poder embarcar. Em conversa com a reportagem da Tribuna do Paraná, Fabio relatou a sensação de ter feito a viagem em vão.
“A gente comprou a passagem de avião e a como a prova foi remarcada, ficou inviável remarcar essa passagem avião, (por isso) a gente veio de ônibus e pela segunda vez, demos com os burros na água”, disse Fábio, que ficou sabendo do cancelamento da prova ainda durante a madrugada. “Hoje, às 5 horas da manhã, o celular começou bipar com um monte de mensagens e a gente não acreditou. Foi o maior sacrifício para a gente vir e na véspera da prova, horas antes, vem essa bomba. É muita sacanagem”, desabafou o candidato.
Ainda segundo Fabio, no trajeto para Curitiba ele teve a companhia de outros candidatos, que também investiram tempo e dinheiro no sonho de passar no concurso e integrar os quadros da Polícia Civil do Paraná. “No ônibus mesmo que a gente veio, o ônibus estava lotado, só de gente para fazer esse concurso”.
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Sem poder fazer as provas, o drama do candidato é agora conseguir deixar a capital paranaense, para voltar para sua casa, na capital federal. “A rodoviária tá lotada, muita gente querendo voltar para casa e eu mesmo só consegui passagem para amanhã. É muita dor de cabeça, pagar mais uma estadia em hotel, por conta dessa irresponsabilidade deles”, reclamou