Mesmo com reservatórios cheios e passado um semestre do fim do rodízio de abastecimento de água, que durou 649 dias na Região Metropolitana de Curitiba, a população segue economizando água, uma média de 15% mensal.

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A maior estiagem em nove décadas deixou cicatrizes. “A dureza de ter, em alguns momentos, 36 horas com água e 36 horas em água, marcou a população paranaense”, disse o presidente da Sanepar, Claudio Stabile, no lançamento do Museu Planeta Água, no fim do mês passado.

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Naquele evento, Stabile também citou essa marca positiva observada em comparação a abril de 2020, período anterior ao rodízio, na média dos seis meses deste ano. “Em junho, por exemplo, a economia foi de 16,61% na área de atendimento do Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba (SAIC) em relação a antes do rodízio”, citou a Sanepar em consulta pela Gazeta do Povo. Nesta quarta-feira (13), o nível médio dos reservatórios está em 90%.

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Em julho de 2020, a barragem de Iraí chegou a 12% de sua capacidade, a de Piraquara 1, a 19% e a do Passaúna a 34%. À época do fim do rodízio, em janeiro deste ano, Stabile destacou que a economia feita pelos usuários durante aquele período pode ter chegado a até 89,8 bilhões de litros de água.

Rodízio

A longa estiagem teve de ser acompanhada por medidas de restrição de uso e estímulo ao consumo consciente. Segundo a companhia, esse pensamento que persiste até hoje também foi reflexo da campanha Meta 20, lançada em meados de agosto de 2020, quando foi estabelecida uma meta de economia de 20% da água.

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“A campanha teve a adesão logo no primeiro mês e essa economia foi fundamental para superar o período mais crítico de estiagem severa que atingiu com mais força a Região Metropolitana de Curitiba”, citou a Sanepar, que comemora a manutenção deste comportamento. “O uso racional por parte dos clientes contou bastante para que o sistema de abastecimento não entrasse em colapso.”

Vilões do consumo

As melhores práticas de uso orientadas pela campanha podem seguir ajudando a economizar água, principalmente ao evitar alguns “vilões” do consumo: tomar banho demorado; lavar calçada e carro com mangueira; usar máquina de lavar roupa muitas vezes na semana; deixar torneira aberta ao lavar a louça ou, na higiene pessoal, ao escovar os dentes ou fazer a barba. “Evitar práticas de desperdício e diminuir o tempo de uso já trazem benefício imediato”.

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O papel das novas gerações na paulatina mudança da relação com a água também é um destaque e conta na hora de manter os bons hábitos em família, segundo a Sanepar. “Eles acabam se tornando os verdadeiros ‘fiscais’ do desperdício e, o mais importante, vão levar para a vida adulta o que defendem na infância”, afirmou a companhia.

Economias por mês em relação à medição de abril de 2020

Jan/22 (-17,47%)
Fev/22 (-13,58%)
Mar/22(-13,15%)
Abr/22(-13,38%)
Mai/22(-15,79%)
Jun/22(-16,61%)

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