A Comunidade Hermon, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) conseguiu reverter a decisão judicial que determinava a saída dos mais de 90 internos da instituição no último final de semana.
Segundo o assistente social Roberto Daniel, que atua na Hermon, representantes da comunidade terapêutica apresentaram no Fórum Cível da cidade o programa de trabalho que está sendo desenvolvido no local, bem como a relação de 96 dependentes químicos em tratamento, que são atendidos por 15 profissionais.
A Justiça determinou ainda prazo de oito meses para que a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) conclua as obras de seis casas e quatro pavilhões na comunidade, que estão paralisadas há mais de um ano e já deveriam ter sido entregues.
A Cohapar vai precisar abrir uma nova licitação para terminar a obra, que já está com 75% dos trabalhos feitos, mas ainda precisa da parte elétrica, acabamento e jardinagem das casas. O término das obras havia sido anunciado pelo governo estadual para o ano passado.
A Comunidade Hermon trabalha há mais de 20 anos na recuperação de dependentes químicos e no amparo de crianças, portadores de deficiências mentais, moradores de rua, soropositivos e idosos.
No início do mês uma ordem judicial tinha estipulado prazo de 15 dias para que os internos da comunidade deixassem o local, após denúncia de que as pessoas estavam vivendo em barracos improvisados no meio do mato, na chácara em que a comunidade está localizada. Por conta de condições precárias, como falta de banheiros, o local foi interditado.
Essa não foi a primeira vez que a comunidade se viu alvo de despejo, já que problema semelhante ocorreu em área do bairro Bacacheri, em Curitiba, anos atrás. Na ocasião, para contornar o problema, a comunidade recebeu uma nova área do Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar).