Depois de quase dois anos sofrendo os efeitos da estiagem, Curitiba e região metropolitana estão com o consumo de água liberado há exatas duas semanas. O rodízio no abastecimento atingiu em cheio a rotina dos curitibanos e seus vizinhos durante esse período. Agora, porém, cheios mesmo estão os reservatórios que abastecem a região.
De acordo com painel disponível no site da Sanepar, o Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba (Saic) está com 85,96% de sua capacidade. A barragem do Iraí está com 96,96% da sua capacidade de armazenamento, Piraquara I tem 85,75% e Piraquara II tem 100%.
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A única que está abaixo dos 80% é a Represa do Passaúna, que segundo a última atualização, nesta sexta, apresenta 65,17% de sua capacidade total.
A suspensão do rodízio aconteceu quando o Saic chegou a 80%. No auge da falta de chuvas, o nível mínimo somando os quatro reservatórios foi de 26,77% em 11/11/2020.
Segurança hídrica?
O governador Ratinho Júnior garantiu que as obras no sistema da Sanepar e os planos de preservação ambiental juntos vão garantir que Curitiba e RMC não precisem voltar ao racionamento pelo menos até 2024.
“Antecipamos as obras necessárias no sistema justamente por causa da estiagem. A obra do Capivari, por exemplo, estava programa para 2025”, comentou o govenador, referindo-se à transposição do Rio Capavari para a bacia do Rio Iraí, que abastece a barragem de mesmo nome, concluída em outubro do ano passado. A transposição permite o acréscimo de 700 litros por segundo ao sistema.
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O governador também citou a construção da Barragem do Miringuava, em São José dos Pinhais. Ao custo de R$ 160 milhões, quando ficar pronta a represa vai armazenar 38 bilhões de litros de água, garantindo a produção de 2 mil litros por segundo. O volume é suficiente para abastecer 600 mil pessoas por dia.