A ocupação de dois departamentos da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) prossegue, sem acordo entre a instituição e os manifestantes. Nesta sexta-feira (13), mais de três dias depois do início do protesto e após mais uma reunião terminar mal sucedida, a UFPR divulgou uma nota com a data da nova rodada de negociações, marcada para às 10h deste sábado (14).
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Na última terça-feira (10), servidores e alunos da UFPR iniciaram um protesto contra a demissão de 13 funcionários terceirizados do Restaurante Universitário (RU), o que culminou na invasão do Departamento de Serviços Gerais (DSG) e proibição da saída de alguns servidores de dentro da universidade.
A manifestação foi organizada pela Frente de Apoio à Luta das Trabalhadoras e Trabalhadores Terceirizados (FALTT), que assumiu a autoria da ocupação do DSG, órgão da UFPR responsável pelo pagamento dos contratos das empresas terceirizadas e das licitações em geral.
Segundo a UFPR, a universidade realizou todos os trâmites de terceirização dos funcionários do RU dentro da legalidade e com acompanhamento do Ministério Público do Trabalho.
Tentativas de acordo
De acordo com a universidade, em um encontro transmitido ao vivo pela internet nesta sexta-feira, foi solicitado aos manifestantes a desocupação imediata da Reitoria, sob pena de paralisação de procedimentos importantes, como a importação de medicamentos e insumos para pesquisas e o pagamento de trabalhadores terceirizados.
Ainda conforme a proposta da Federal, além da desocupação, foi aceita a participação dos estudantes no acompanhamento das medidas que forem requisitadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) durante as inspeções que serão feitas nos restaurantes universitários.
“O Diretório Central dos Estudantes, a Associação dos Professores da UFPR e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior (Sinditest-PR) também fariam parte da comissão de acompanhamento”, afirma a UFPR, no comunicado divulgado à imprensa.
A UFPR ainda diz que qualquer providência nos restaurantes universitários – tanto por parte da universidade quanto da empresa Blumenauense – só poderá ser tomada após a conclusão do relatório das inspeções feitas pelo MPT.
Veja o vídeo gravado na Reitoria durante a ocupação: