A rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada em Piraquara, terminou após último agente penitenciário ser liberado. O motim teve início no final da tarde de ontem (19) após presos do bloco seis renderem dois servidores penais.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SESP), os detentos pediram por proteção e transferência, pois acreditam que estariam em uma lista de pessoas a serem mortas por uma facção criminosa rival a que eles pertencem.
O primeiro agente penitenciário foi liberado na noite de ontem (19/03) por volta das 21h45 e o outro nesta amanhã por volta das 8h. Os trabalhadores não tiveram agressões físicas, mas podem ter sofrido danos psicológicos.
Já os rebelados foram transferidos para a CCP (Casa de Custódia de Piraquara), que também fica dentro do Complexo de Piraquara. Para o Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná), as penitenciárias necessitam de investimento.
“Nosso Sistema Penitenciário pede socorro. Há tempos denunciamos o sucateamento e reivindicamos, urgentemente, mais efetivo, materiais para o trabalho e novas unidades”, disse Petruska Sviercoski, vice-presidente da instituição.
Ainda segundo o Sindicato, a partir de agora a categoria deve zelar pela segurança e desenvolver apenas os procedimentos que as condições oferecidas pelo estado permitir.
“Somos nós que arriscamos o pescoço todos os dias para o Relatório Diário não apresentar alterações, e fazemos isso contra o regulamento do Departamento Penitenciário, porque é da vontade do governo. Não podemos mais trabalhar assim. A vontade do governo precisa ser direcionada para garantir a nossa segurança e não para nos deixar ainda mais vulneráveis. Por isso, vamos zelar pela nossa vida fazendo apenas o que as nossas condições de trabalho permitir.”, explica Petruska.